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Ibovespa hoje salta; Magazine Luiza (MGLU3) dispara e Natura (NTCO3) derrete 30%

O Ibovespa hoje fechou em forte alta, acompanhando o bom humor observado nos mercados globais e a alta das commodities. O principal índice da B3 encerrou o pregão desta sexta-feira (14) em valorização de 2,64% aos 128.957,09 pontos, depois de oscilar entre máxima a 129.194,14 pontos e mínima a 125.646,73 pontos. O giro monetário foi de R$ 27,3 bilhões. Esse foi o maior nível de fechamento desde o dia 11 de dezembro, então aos 129.593,31 pontos.

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, explica que a alta do Ibovespa hoje seguiu o movimento de maior propensão a risco no mundo inteiro. “A gente começou com um bom dia na Ásia, depois de expectativas serem criadas para novos estímulos na China. Tem uma coletiva esperada para a semana que vem, na qual as autoridades chinesas devem apresentar novos estímulos. Isso seria muito positivo. Claro que as commodities são embaladas por isso e impulsionam mercados emergentes, a exemplo do Brasil”, explica.

A China determinou que bancos e outras instituições financeiras incentivem mais o financiamento ao consumo e o uso de cartões de crédito, como parte de uma campanha para encorajar a população da segunda maior economia do mundo a gastar mais. Também há expectativas de que autoridades chinesas anunciem medidas de incentivo ao consumo durante coletiva de imprensa na segunda-feira (17).

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O minério de ferro reagiu bem às notícias de estímulos envolvendo a China. O contrato mais negociado da commodity no mercado futuro da Bolsa chinesa de Dalian, para maio de 2025, fechou em alta de 2,32%, cotado a 794 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 109,59. Já em Cingapura, o minério para entrega em abril de 2025 subiu 1,18%, o que corresponde a US$ 103,40 a tonelada.

O movimento favoreceu as ações da Vale (VALE3), de maior peso para a carteira do Ibovespa, que avançaram 3,28%. Outros destaques positivos do setor de mineração e siderurgia foram CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3), que registraram ganhos de 11,82% e 6,77%, respectivamente, ampliando o movimento de valorização observado na quinta-feira (13), quando já haviam disparado mais de 7%.

Outras ações de peso para o Ibovespa também se saíram bem hoje: as da Petrobras (PETR3;PETR4). Enquanto os papéis ordinários (PETR3) tiveram alta de 3,9%, os preferenciais (PETR4) subiram 3,08%. Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira em meio às pressões de países ocidentais para que a Rússia aceite o cessar-fogo de 30 dias com a Ucrânia. Mais detalhes sobre o desempenho diário da commodity podem ser conferidos aqui.

A disparada do Ibovespa hoje também está associada ao bom desempenho dos índices de Nova York: S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 2,13%, 1,65% e 2,61%, respectivamente. “Houve uma recuperação clássica, depois do S&P e de outros índices americanos importantes terem caído bastante nos últimos dias. Tiveram muitos ruídos associados às tarifas de Donald Trump, tema que vai voltar a afetar os mercados globais, vale deixar bem claro aqui. Então, hoje a gente não pode declarar vitória sobre esse assunto”, destaca Spiess, da Empiricus Research.

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O dólar hoje fechou em queda de 0,98% a R$ 5,7433. “Na sessão, os ativos brasileiros, especialmente o real, beneficiam-se da redução dos riscos globais e do aumento da procura por ativos de risco”, explica Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

Ainda segundo analista, a valorização do real nas últimas duas sessões decorre de uma perspectiva mais favorável para a balança comercial brasileira, impulsionada pelo cenário global incerto em relação a tarifas e pela entrada consistente de capital estrangeiro que vem buscando alternativas em mercados emergentes.

Shahini destaca que a próxima semana será marcada por eventos relevantes, como a decisão de política monetária do Banco Central, que deve elevar a Selic em 1 ponto percentual, e a reunião do Federal Reserve (Fed), que pode manter as taxas de juros americanas inalteradas

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram Automob (AMOB3), Magazine Luiza (MGLU3) e CSN (CSNA3).

Automob (AMOB3): 16,67%, R$ 0,28

As ações da Automob (AMOB3) registraram a maior alta do Ibovespa hoje, subindo 16,67% a R$ 0,28. O movimento foi de recuperação, após os papéis da firma terem tombado 4% na quinta-feira (13) e 3,85% na quarta-feira (12).

A AMOB3 está em alta de 12% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 17,65%.

Magazine Luiza (MGLU3): 13,48%, R$ 9,6

Quem também se destacou na sessão foi o Magazine Luiza (MGLU3), que avançou 13,48% a R$ 9,6. A firma reportou um lucro líquido de R$ 294,8 milhões nos últimos três meses de 2024, alta de 38,9% frente ao mesmo período de 2023.

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A MGLU3 está em alta de 34,27% no mês. No ano, acumula uma valorização de 47,69%.

CSN (CSNA3): 11,82%, R$ 10,22

Na lista de maiores altas, estiveram ainda as ações da CSN (CSNA3), que saltaram 11,82% a R$ 10,22, ampliando os ganhos da última sessão, quando já haviam disparado 7,91%.

A CSNA3 está em alta de 19,95% no mês. No ano, acumula uma valorização de 15,35%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Natura (NTCO3), Azzas 2154 (AZZA3) e LWSA (LWSA3).

Natura (NTCO3): -29,94%, R$ 9,5

As ações da Natura (NTCO3) lideraram as perdas do Ibovespa hoje, derretendo 29,94% a R$ 9,5. A baixa aconteceu após a firma reportar prejuízo líquido consolidado de R$ 438,3 milhões no balanço do quarto trimestre de 2024, ante perdas de R$ 2,661 bilhões reportadas no mesmo período de 2023.

A NTCO3 está em baixa de 26,53% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 5,55%.

Azzas 2154 (AZZA3): -10,42%, R$ 21,5

Os papéis da Azzas 2154 (AZZA3) voltaram a cair na Bolsa brasileira. Hoje, encerrara a sessão com tombo de 10,42% a R$ 21,5. Na quarta-feira (12), já haviam derretido 13,39%.

A AZZA3 está em baixa de 17,31% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 27,32%.

LWSA (LWSA3): -4,33%, R$ 2,65

Entre os destaques negativos do Ibovespa hoje, figuraram também as ações da LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, que tombaram 4,33% a R$ 2,65, após um prejuízo de R$ 17,5 milhões no último trimestre de 2024, montante 61,2% menor em um ano.

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A LWSA3 está em baixa de 3,28% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 20,18%.

*Com Estadão Conteúdo

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Beatriz Rocha

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