Escritórios contam como avaliam candidatos em processos seletivos para assessor

Todo escritório de investimentos tem o perfil técnico de assessor que busca para uma vaga na firma. Isso não exime de realizar processos seletivos com os interessados pelo fato de, muitas vezes, alguns surpreenderem – positiva ou negativamente – durante os primeiros contatos com o escritório.

“Essa é uma variável de sucesso não só para quem está querendo começar a carreira, mas para quem continua nela”, complementa.

O que pensa?

Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos, diz que o primeiro fator que o escritório observa é como o profissional pensa da atividade. Ele explica que muitas vezes o interessado se encontra em um regime CLT de trabalho.

Marcatti explica que muitas vezes o candidato tem total insatisfação com o antigo trabalho, onde o formato é mais “engessado” e com regras rígidas, e busca um modelo mais independente.

“Só que, ao mesmo tempo, ela quer uma remuneração alinhada com a remuneração que tinha, e ele não quer correr certos riscos que a carreira de assessor impõe”, afirma, acrescentando que nessa troca, no entanto, a estabilidade dá lugar a liberdade de atuação.

Conhecimento técnico

Outro ponto observado pela RGW Investimentos no processo seletivo é o conhecimento técnico. “A pessoa que não tem determinada capacitação, é melhor mostrar que não tem. Por exemplo, se não tiver um bom inglês, mencione que a língua não é o seu melhor, mas tem estudado para resolver isso”, explica Cassiolato.

Ele explica que a proatividade do candidato de querer fechar os gaps (lacunas) de formação ”é uma fator muito importante que a gente vê”. Inclusive conhecimento com relação à informação do mercado, acompanhamento da economia e classes de ativos.

Leia mais:

Como driblar desafios de início da carreira e prosperar na assessoria de investimento

“O candidato deve mostrar interesse em colocar a mão na massa para fechar esses gaps de formação”, enfatiza.

O CEO da Veedha contrata assessores em início de carreira e profissionais experientes. Para aqueles que estão querendo começar na atividade, precisa ter formação (ou em vias de se formar) correlacionada, como economia, administração e engenharia.

Ele diz ser obrigatório para o candidato à vaga na firma possuir também a certificação Ancord, que permite atuar como agente autônomo de investimentos. As outras mais conhecidas, como CEA (Certificado de Especialista em Investimento Anbima) e CNPI (Certificação Nacional do Profissional de Investimento) não são necessárias para quem está em busca da primeira oportunidade na área.  

Plano de negócios

Outro fator importante observado no candidato, no caso daquele profissional experiente, segundo Marcatti, é quando ele não só entende o empreendedorismo, mas já tem um plano de negócios na mão para atrair e manter clientes.

Saiba mais:

Assessoria de Investimento busca 160 novos assessores para 2025

“Quando a pessoa já traz um business plan (plano de negócios), isso gera muito mais credibilidade. O profissional, por mais que tenha experiência em atender clientes, mas não tem essas informações na ponta da língua, passa a impressão de que para ele ser gestor daquele risco é complicado e pode estar perdido no modelo”, destaca.

José Cassiolato afirma que, acima de tudo, para os interessados em ingressar no mercado monetário, é fundamental entender a importância de construir e cultivar relacionamentos profissionais.

“No fim das contas, as oportunidades surgem porque as pessoas ao seu redor reconhecem a qualidade do seu trabalho e sua conduta no dia a dia. Muitos profissionais em início de carreira acabam esquecendo que, em um ambiente profissional, todos são, de alguma forma, seus clientes”, ressalta.

The post Escritórios contam como avaliam candidatos em processos seletivos para assessor appeared first on InfoMoney.