Pequenas hidrelétricas optam por autoprodução para antecipar retorno do investimento


Para viabilizar as operações, hidrelétricas de pequeno porte estão negociando com consumidores do mercado livre no modelo de autoprodução remota, que pode aumentar o faturamento e diminuir o tempo de retorno dos empreendimentos em até 50%.
Embora a autoprodução seja mais difundida com a energia solar, a opção também é viável para pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e centrais geradoras hidrelétricas (CGH), usinas que têm capacidade instalada de até 50 megawatts (MW).
A medida se torna vantajosa para os geradores, que diminuem o payback das usinas de cerca de 12 anos para até oito anos, mas também para os consumidores, que se tornam cotistas dos projetos e pagam mais barato pela energia.
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Aumento de faturamento
Uma PCH de 2 MW de potência pode faturar até R$ 500 mil a mais a cada ano, caso escolha esse tipo de negociação. Para o consumidor, o resultado é uma economia de R$ 50 por megawatt/hora (MWh).
Nesse modelo, as PCHs e CGHs podem aumentar o faturamento em até 25% por ano, estima a Ludfor, comercializadora gaúcha de energia sediada em Bento Gonçalves, que intermedia as transações entre as duas partes.
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“A gente faz essa aproximação, elabora um consórcio e faz a operação com o gerador e com o consumidor, para trazer um equilíbrio entre os dois. A usina aumenta a sua receita, diminui o payback de um empreendimento já operando ou até de uma que vai entrar em operação e melhora o retorno”, afirma Douglas Ludwig, diretor executivo da Ludfor Energia.
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Descontos para o consumidor
No modelo de autoprodução, os clientes adquirem cotas de um consórcio e remuneram a geradora sem necessidade de pagar encargo de energia de reserva (EER) e encargo de serviço de sistema (ESS). Por esse motivo, é possível economizar na conta de energia.
A modalidade é destinada a consumidores que gastam entre R$ 100 mil a R$ 2 milhões com a tarifa de energia elétrica. Nesse caso, estão enquadradas grandes firmas que estão no mercado livre atacadista.
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No passado, a prática era restrita a multinacionais com custos ainda maiores em energia elétrica, mas a Ludfor tem trabalhado na captação de consumidores e geradores de menor porte.
Entre os clientes da firma gaúcha estão a metalúrgica Tramontina e a rede de supermercados Zaffari, do Rio Grande do Sul.
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Autor: augustodiniz