30% de etanol na gasolina: carros flex têm vantagem? Combustível mais barato? Entenda


O governo anunciou nesta segunda-feira (17) o aumento da mistura de etanol na gasolina para 30% – atualmente em 27% -, visando reduzir o preço do combustível na bomba e tornar o Brasil independente da importação de gasolina.
A medida ainda passará pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Caso ela seja aprovada, a expectativa é de aumentar o teor do etanol em 2025, imediata ou gradualmente.
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A transição do E27 (27% de etanol) para o E30 (30% de etanol) evitará a importação de 760 milhões de litros de gasolina por ano, impulsionando a produção nacional de biocombustíveis. Além disso, a adoção da nova mistura poderá reduzir em 1,7 milhão de toneladas a emissão de gases de efeito estufa por ano, o equivalente à retirada de 720 mil veículos das ruas anualmente.
Dados da Copersucar mostram que o Brasil importou cerca de 48 bilhões de litros de gasolina para suprir o mercado doméstico entre 2017 e 2024. Se não existisse o etanol na matriz de combustíveis, o País teria importado quase 6 vezes mais (430 bilhões de litros).
Combustível mais barato para o consumidor?
Os testes conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) comprovaram a viabilidade técnica do novo combustível. Para o consumidor, a novidade pretende reduzir em até R$ 0,13 por litro da gasolina – e o impacto que também irá contribuir para o controle da inflação.
“Estamos dando mais um passo para transformar a lei do Combustível do Futuro em combustível do presente. O E30 não apenas reduz o custo para o consumidor, mas fortalece a economia e a segurança energética do Brasil”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante apresentação dos resultados dos testes conduzidos pelo IMT.
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Carros flex serão favorecidos?
Os veículos flex representam 83% dos mais de 42 milhões de veículos da frota brasileira, segundo o mesmo estudo da Copersucar. No entanto, mais de 70% desses veículos ainda são abastecidos com gasolina por preferência dos consumidores.
A medida pode significar um incentivo aos veículos flex, apesar do impacto econômico ser mais interessante no curto prazo. A Copersucar projeta que, mesmo num cenário hipotético onde os automóveis elétricos representassem 50% de todas as vendas de veículos novos até 2035, a frota flex ainda continuaria dominante, representando pelo menos 75% do total de veículos em circulação.
Além disso, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), essa mudança no combustível não afeta em nada os modelos flex, já que eles são projetados para funcionar com qualquer mistura de gasolina e etanol.
Cada 10% de aumento na participação de uso do etanol hidratado sobre a gasolina, evitaria a emissão de cerca de 6 milhões de toneladas de gás carbônico e representaria aproximadamente 5 bilhões de litros de demanda adicional do biocombustível.
Vale ressaltar que a legislação permite ampliar o limite de etanol na gasolina para até 35%, desde que comprovada a viabilidade técnica, reforçando o compromisso do País com a segurança energética e a sustentabilidade. No entanto, ainda não é possível dizer se o aumento pode trazer algum prejuízo no longo prazo para os veículos movidos unicamente pela gasolina.
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Autor: camilalutfi