Presidente da ABAI: Assessor de investimento precisa ser agora assessor patrimonial


Diego Ramiro, presidente da Associação Brasileira dos Assessores de Investimentos (ABAI), em entrevista ao IM Trader, lembra que a atividade de assessor de investimentos era remunerada pelo percentual da compra e venda de corretagem de ações.
“Antigamente, o cliente do assessor pensava: ‘Ele só vê o investimento e meu gerente do banco olha meu seguro, meu crédito, minha conta internacional’”, afirma.
“Agora, o assessor pode ampliar o leque de produtos e serviços que presta ao cliente se quiser ganhar mais”, diz. Para ele, o assessor não deve olhar mais apenas os investimentos de renda fixa, fundos e ações, até porque esses produtos, pela própria mudança da dinâmica do mercado, a remuneração ficou apertada.
Pulo do gato
“O pulo do gato para melhorar seus rendimentos hoje é conseguir fazer o mapeamento 360 em torno do cliente”, afirma. Ele própria explica a visão 360: “Ele passa a fazer o mapeamento oferecendo solução, por exemplo, de consórcio, seguros, de crédito, onde os spreads são maiores, e onde ele fideliza mais o cliente”.
Para Ramiro, “o profissional não pode mais estar se vendo somente como assessor de investimentos, mas como assessor de patrimônio”. Ele lembra, que, no entanto, o conjunto de habilidades inerentes a atividade não pode ser esquecida, assim como a certificação que autoriza atuar como agente autônomo de investimentos.
O presidente lembra que a Resolução CVM 178 de 2023 permitiu ao assessor o exercício de atividades complementares relacionadas aos mercados monetário, de capitais, securitário e de previdência e capitalização.
Além dos investimentos
“Se olhar quem são os maiores destaques da assessoria na atualidade, são aqueles que conseguiram oferecer não só soluções de investimentos”, ressalta.
Ramiro exemplifica que nem sempre o assessor que administra uma carteira de alto valor, tem uma remuneração melhor. “Tem assessor que faz mapeamento 360 muito bem e consegue ter uma remuneração muito maior por estar olhando outras parcelas do patrimônio do cliente, não só o patrimônio líquido”, explica.
“O assessor vai ter que ampliar o leque de serviços”, reafirma. Ramiro dá outro exemplo com a oferta de consórcio ou financiamento, que pode ajudar o cliente a trocar de carro, quando ele demonstrar interesse.
Ele acha fundamental o suporte do escritório nesse novo papel de assessor patrimonial, para ajudá-lo na atuação em áreas como câmbio, seguros, crédito, entre outros. “O assessor que ganha dinheiro é o assessor que faz relacionamento, que mapeia e traz negócios para operação”, destaca.
“Claro, essa profissão do assessor ela é muito de confiança. Aqueles que acabam tendo melhor confiança são aqueles que conseguem transmitir aquilo que ele está oferecendo ao seu cliente de uma forma mais segura, fácil e com conteúdo”, pontua.
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Autor: augustodiniz