A virada do advogado que trocou o fórum pela assessoria de investimentos; “Realizado”


O restaurante era em Porto Alegre (RS). Ítalo Benedetti lembra bem os dias em que ia lá ajudar a mãe a servir o almoço, horário mais movimentado do pequeno espaço. Ele ainda fazia o ensino médio. Foi assim até o primeiro ano da faculdade de Direito.
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“Fazia estágio de manhã e de tarde, e no intervalo do almoço eu ia ajudá-la”, recorda. A vida corrida tinha um motivo forte. O pai, dono uma firma de telecomunicações, viu o negócio minguar quando a Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT) foi privatizada no final dos anos 1990.
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Educação financeira
A mãe chegou a tentar dar uma mão ao marido na firma, mas não teve jeito. A margem espremeu muito, a conta não fechava e ele teve que largar o negócio. A mulher vendeu o carro para abrir a lancheria, que Ítalo ia auxiliar como garçom e caixa.
“Meu pai nunca foi organizado financeiramente. Eu tinha um exemplo de como não fazer. Rompi essa barreira economizando ao máximo que dava para juntar uma grana”, conta ele das primeiras “aulas práticas” de educação financeira.
Ítalo se formou no final de 2012 em Direito na capital gaúcha, cidade onde nasceu, depois de seis anos. “Eu que pagava e não deu para fazer muito rápido”, conta. No final de 2013 entrou como sócio em um escritório de advocacia.
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Disciplina monetário
A realidade que viu de perto o fez se tornar um disciplinado poupador. “Tinha experiência como investidor desde 2007”, conta. “Ganhava bem (no escritório de advocacia), já tinha uma grana guardada”, complementa. Inicialmente, investia por meio do sistema bancário, mas depois começou a fazê-lo por assessoria de investimento. A Faz Capital, cujo CEO Lucas Ferraz é seu amigo de infância, foi onde ele confiou seu dinheiro a partir de 2017, ano de criação do escritório gaúcho.
No início da pandemia, começou a pensar fortemente em fazer uma transição de carreira, incentivado por Lucas. “Sempre gostei de investimentos”, ressalta. Por outro lado, a Faz Capital, credenciada à XP, estava em processo de expansão de atuação e precisava de gente de confiança nessa nova fase.
Ele acabou topando em ingressar como assessor de investimento do escritório do amigo. Em março de 2021 iniciou a transição, largando aos poucos a advocacia e se adaptando ao novo trabalho.
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Transição
“Tinha certo receio de mudar. Já tinha uma situação confortável e estável no escritório de advocacia que era sócio”, afirma. Mas decidiu ir em frente na nova profissão. Hoje, com 36 anos, ele tem a maior carteira da Faz Capital. A meta de 2025 foi superada em maio, sete meses antes do final do período. Ítalo tem sob gestão cerca de R$ 160 milhões.
Ele acha que a situação dos pais no passado o motivou a ter educação financeira e a gostá-la. “Queria ajudar outras pessoas”, diz.
Em três anos passou a ganhar mais do que como advogado. “Não esperava isso”, cita. “Me encontrei na profissão. Me sinto realizado. Gosto de criar relacionamento”, pontua.
Para ele, o segredo de ser assessor é o relacionamento. “É preciso criar confiança, colocar intensidade, ter disciplina de saber que no dia tendo problema ou não precisa se fazer o trabalho”, costuma dizer a equipe de assessores que lidera.
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Autor: augustodiniz