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Ações da Ambipar (AMBP3) sobem mais de 20% com cancelamento de assembleia

As ações da Ambipar (AMBP3) sobem, no pregão desta quinta-feira (9), após a companhia cancelar a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que estava prevista para amanhã às 10h. A AGE tinha como objetivo alterar a composição do Conselho de Administração. A firma enfrenta rumores de recuperação judicial após conseguir uma tutela cautelar na Justiça do Rio de Janeiro para se proteger de credores por 30 dias.

Por volta das 11h, as ações da Ambipar avançavam 23,5%, a R$ 0,84.

Convocada em setembro, a AGE tinha como pauta alterações na composição do Conselho de Administração. A proposta previa a eleição de Ricardo Cássio Rodrigues Chagas como novo membro e presidente do colegiado. Caso a medida fosse aprovada, o conselho passaria de cinco para seis integrantes. Com o cancelamento, Alessandra Bessa Alves de Melo segue como presidente.

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Em esclarecimentos apresentados na última sexta-feira (3), a companhia reforçou que a tutela foi prudente e indispensável para evitar o “colapso de um grupo firmarial estratégico para o País, cuja atuação projeta o Brasil no cenário internacional da sustentabilidade”.

Deutsche Bank, junto ao qual a Ambipar teria compromissos monetários de US$ 550 milhões, está no centro da decisão da Justiça de suspender as cobranças contra a firma. Ao solicitar a tutela cautelar, a companhia informou que o aditivo em um contrato de empréstimo com o banco no exterior começou a esvaziar o seu caixa, com uma saída contabilizada de mais de R$ 200 milhões.

A Ambipar calcula o risco de um rombo de mais de R$ 10 bilhões, considerando que os seus compromissos monetários contêm cláusulas de vencimento antecipado em caso de inadimplência de qualquer uma de suas dívidas.

COEs da Ambipar geram prejuízos a investidores

Há também polêmicas com a Ambipar sobre Certificados de Operações Estruturadas (COEs) da XP Investimentos e do BTG Pactual (BPAC11). A relação Ambipar XP Investimentos, assim como o caso do BTG, vem da venda de COEs com a promessa de retornos seguros.

A XP e o BTG venderam o produto como uma aplicação que promete combinar a previsibilidade da renda fixa com o potencial de valorização da renda variável, como ações. Nesta semana, no entanto, esse produto monetário fez muitos investidores perderem milhares de reais após uma crise deflagrada na Ambipar – reportagem completa aqui.

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As duas instituições comunicaram os clientes sobre mudanças no ativo, que levaram investidores ao prejuízo, após comercializar o produto ao longo de 2024, destacando o modelo híbrido de alocação como uma forma de limitar riscos sem abrir mão de rentabilidade.

Desde o final de setembro, a Ambipar tem indicado que pode pedir recuperação judicial, o que fez os ativos despencarem 90,5% nos últimos 10 pregões até terça-feira (7) e perderem R$ 11,38 bilhões em valor de mercado.

Ambipar é rebaixada e dá calote em fundo imobiliário

Com os desdobramentos recentes, agências cortaram a nota de crédito da AmbiparA S&P Global rebaixou a classificação da companhia de BB- para D, o correspondente a um default (classificação que equivale a um calote da dívida). A Fitch também cortou a nota, mas em menor proporção, de BB- para C.

Já na terça-feira (7), o fundo imobiliário BM Brascan Lajes Corporativas (BMLC11) informou que não recebeu o aluguel referente a setembro da Ambipar Response, uma das unidades de negócio da Ambipar. Segundo o fundo, o calote gerou um impacto negativo de R$ 0,06 por cota, com reflexo direto na distribuição de dividendos.

Desse modo, o investidor de Ambipar (AMBP3) precisa de cautela antes de dar o próximo passo.

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Autor: Bruno Andrade

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