Advogado de Bolsonaro nega ao STF ter buscado informações sobre delação de Mauro Cid


O advogado Paulo Amador Cunha Bueno, que atua na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não tentou obter informações sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, nem buscou assumir a defesa do militar.
Bueno prestará depoimento à Polícia Federal (PF) sobre o caso nesta terça-feira. O advogado solicitou ao STF para ser dispensado, mas afirmou estar à disposição para comparecer e confirmou essa disposição.
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes determinou que Bueno e Fábio Wajngarten, ex-assessor de Bolsonaro, prestassem depoimento após a família de Mauro Cid relatar abordagens feitas por ambos.

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A medida ocorre no âmbito de um inquérito em que o ex-assessor presidencial Marcelo Câmaro e o advogado Eduardo Kuntz são investigados por uma suposta tentativa de interferência na delação de Cid.
Em depoimento escrito enviado ao STF, a mãe de Mauro Cid, Agnes Barbosa Cid, afirmou ter sido abordada por Kuntz e Bueno durante uma competição de hipismo em São Paulo, na qual sua neta, filha do tenente-coronel, estava participando.
Agnes relatou ter ficado “tensa”, por não entender o motivo das abordagens dos advogados. Ela disse que não foram feitas perguntas sobre a delação, mas que os advogados se ofereceram para defender Cid.
Em petição enviada ao STF na segunda-feira, Bueno confirmou o encontro, ocorrido em agosto de 2023, mas afirmou que foi “casual e breve”. Segundo o advogado, Agnes o procurou para agradecê-lo por ter ajudado na inscrição de sua neta na competição. Ele teria respondido com um elogio ao desempenho da jovem na disputa.
“O encontro foi bastante breve, amistoso e absolutamente protocolar, dividindo o agradecimento da Sra. Agnes com os cumprimentos do peticionário pela importante conquista da jovem amazona. Nada além disso. O encontro na Sociedade Hípica Paulista de fato ocorreu, porém de maneira absolutamente casual e breve”, afirmou Bueno.
O advogado acrescentou que não falou sobre a delação, ressaltando que ela somente seria homologada no mês seguinte. Também afirmou que não tentou assumir a defesa de Cid, pois isso seria imoral e antiético.
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Autor: Agência O Globo