Analistas estimam alta de até 295% para as ações desta empresa que deu prejuízo no trimestre
As ações da Raízen (RAIZ4) sobem no pregão desta segunda-feira (17). A empolgação do mercado ocorre mesmo após a firma ter divulgado um prejuízo líquido de R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre do ano safra de 2025, uma reversão do lucro líquido R$ 793,3 milhões do mesmo período do ano anterior. Analistas consultados pelo E-Investidor comentam que mesmo com o prejuízo de hoje, o papel ainda vale a pena.
Às 16h33, as ações da Raízen subiam 3,39%, a R$ 1,83. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 0,58%, aos 128.963,71 pontos. Para os analistas da XP Investimentos, a firma reportou um balanço fraco, com queima de caixa acima do esperado. Os analistas lembram que o prejuízo da Raízen se deve a despesas financeiras e tributárias superiores ao esperado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado, que mede o resultado operacional, foi de R$ 3,1 bilhões, uma queda de 21% na base anual. Conforme os analistas, a baixa refletiu declínio nas operações de mobilidade no Brasil e na América Latina em comparações difíceis, embora as margens tenham permanecido “decentes”, o que para os especialistas aconteceu devido ao ambiente macroeconômico desafiador.
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Já os analistas do Itaú BBA comentam que o resultado foi neutro, com a queima de caixa e o Ebitda piores que o esperado, compensando o crescimento das receitas. A equipe do BBA lembra ainda que a firma está passando por uma mudança estratégica para aumentar o valor para os acionistas e otimizar sua estrutura de capital.
Ou seja, segundo eles, embora o balanço da Raízen tenha sido negativo, a companhia está buscando melhorar a eficiência operacional e revisar ativos para simplificar e fortalecer os principais negócios em distribuição de combustíveis e açúcar e energias renováveis.
“No longo prazo, acreditamos que a história oferece uma proposta intrigante de risco-recompensa devido aos resultados potenciais de seu processo de recuperação recém-iniciado. No entanto, as fraquezas atuais em seu balanço e a visibilidade limitada sobre os processos de recuperação de eficiência e redução do endividamento podem prejudicar o otimismo dos investidores de curto prazo”, dizem Monique Martins Greco Nata, Bruna Amorim e Eric de Mello, que assinam o relatório do Itaú BBA.
Já os analistas do BTG lembram que a Raízen também informou que Geovane Consul assumirá o cargo de vice-presidente de açúcar e etanol. Para os analistas, este anúncio reforça o senso de mudança que a Raízen pretende imprimir daqui para frente. “Da forma como vemos, a Raízen tem muitas opções em jogo, e sentimos um fluxo intenso de notícias nos próximos meses”, apontam Thiago Duarte, Guilherme Guttilla, Gustavo Fabris, Luiz Carvalho e Pedro Soares, que assinam o relatório do BTG.
Investidor deve comprar as ações da Raízen?
Em meio ao resultado fraco ou neutro, os analistas dizem estar otimistas com a ação. Na visão da XP, o preço da ação RAIZ4 está atrativo para o investidor, mesmo perto das mínimas históricas. Deixam claro que o RAIZ4 deve continuar sofrendo no curto prazo.
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“Embora vejamos um potencial significativo a longo prazo, os catalisadores de curto prazo para uma reavaliação permanecem limitados. A alta incerteza em torno da aceleração do etanol de segunda geração (E2G) e o impacto das recentes mudanças na liderança pesam sobre a ação RAIZ4, em nossa visão”, aponta a equipe da XP.
A XP tem recomendação de compra para Raízen (RAIZ4) com preço-alvo de R$ 4,40, alta de 148,59% na comparação com o fechamento de sexta-feira (14), quando a ação encerrou o pregão a R$ 1,77. O Itaú BBA classifica como outperform, desempenho acima da média do mercado, equivalente à recomendação de compra. O preço-alvo é de R$ 4,50, alta de 154,2% em relação ao último fechamento. O BTG também recomenda compra com preço-alvo de R$ 7, possível alta de 295,5% em relação ao fechamento de sexta-feira (14).
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Autor: Bruno Andrade