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Argentina anuncia fim de controle cambial; dólar flutuará entre 1.000 e 1.400 pesos

Argentina anuncia fim de controle cambial; dólar flutuará entre 1.000 e 1.400 pesos

A Argentina eliminou a maior parte dos controles cambiais e permitiu que o peso flutuasse dentro de bandas cambiais, enquanto o presidente Javier Milei se prepara para receber um grande empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) este ano.

O banco central do país anunciou nesta sexta-feira (11) que permitirá que o peso seja negociado em uma faixa de 1.000 a 1.400 pesos por dólar, encerrando efetivamente o sistema de “cepo cambiário” que estava em vigor. Essa mudança pode exigir que o banco venda dólares de suas reservas, que serão aumentadas por um desembolso de $15 bilhões de fundos do FMI — representando 75% do total do programa aprovado pelo credor com sede em Washington.

As autoridades também informaram que estão encerrando o limite de US$ 200 para a compra de dólares por pessoas físicas, além de permitir que firmas enviem alguns dividendos para o exterior.

O anúncio ocorreu horas antes de o conselho executivo do FMI confirmar um novo acordo de US$ 20 bilhões com a nação sul-americana para os próximos quatro anos. O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que esses recursos irão imediatamente aumentar as reservas do banco central, com US$ 12 bilhões sendo depositados na terça-feira (15) e outros US$ 2 bilhões em junho.

Oficialmente, a Argentina planeja utilizar o financiamento do FMI para quitar dívidas que o Tesouro do país deve ao banco central, bem como para amortizações de principal que o governo deve reembolsar ao FMI nos próximos quatro anos, a partir do programa anterior iniciado em 2022, conforme um decreto publicado em 10 de março.

Mais recursos do FMI devem ajudar a economia argentina a se recuperar de dois anos de recessão. Analistas projetam um crescimento de 5% para 2025, acompanhado de uma inflação de 27,5%, segundo a pesquisa mais recente do banco central com economistas. Os preços ao consumidor aumentaram quase 300% ao ano no primeiro ano de Milei no cargo.

Os investidores estão inquietos com a possibilidade de que um acordo com o FMI force o presidente a desvalorizar a moeda pela segunda vez desde que assumiu. Na expectativa do acordo, os traders apostaram que o peso nos mercados oficiais cairia cerca de 10% em relação ao dólar até o final de abril, uma taxa que ultrapassa o ritmo de 1% ao mês pelo qual as autoridades permitiram que a moeda se desvalorizasse.

As autoridades controlaram a taxa de desvalorização do peso, permitindo que ele se desvalorizasse a uma taxa de 1% ao mês, significativamente inferior à inflação. Muitos consideram essa política insustentável, alertando que ela torna as firmas argentinas menos competitivas no comércio e aumenta os custos para os turistas. Nos mercados paralelos que os locais usam para contornar os controles cambiais, o peso foi negociado recentemente a 1.341 por dólar, de acordo com dados de preços compilados pela Bloomberg.

© 2025 Bloomberg L.P.

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Autor: Bloomberg

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