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Argentina de Milei: Ousadia fiscal e mão de obra qualificada, diz CIO da RPS Capital

Argentina de Milei: Ousadia fiscal e mão de obra qualificada, diz CIO da RPS Capital

A eleição de Javier Milei e a guinada liberal na condução da política econômica da Argentina estão alimentando uma das teses de investimento mais ousadas da RPS Capital. Para o CIO da gestora, Paolo di Sora, o país vizinho está no meio de uma revolução macroeconômica, com ajuste fiscal agressivo, desregulamentação ampla e ativos altamente descontados — características que, segundo ele, lembram o Brasil no início do Plano Real.

“Estou convencido de que estou comprando a Bolsa do Brasil de 1994 na Argentina de hoje. É a mesma oportunidade de multiplicação de capital”, afirmou Paolo no último episódio do programa Stock Pickers, apresentado por Lucas Collazo. O gestor acredita que, mantida a atual trajetória, o país poderá atrair fluxos bilionários de investidores passivos com a possível reinclusão nos índices de mercados emergentes do MSCI em meados de 2027.

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Hoje, a Argentina está fora dos principais índices globais, o que a impede de receber aportes automáticos de fundos passivos e ETFs. “Isso pesa no mercado, mas é algo que pode mudar em 12 meses”, aponta Paolo. A expectativa é que, em meados de 2027, a reclassificação para país emergente traga uma onda de capital externo.

Além disso, ele lembra que a Argentina conta com uma base educacional robusta, renda per capita superior à brasileira, IDH mais alto e menor índice de pobreza extrema. “É um país com potencial de PIB gigantesco. A sociedade é instruída e preparada, e a energia lá é três vezes mais barata que no Brasil”, disse.

Esse último fator, combinado à mão de obra qualificada, torna a Argentina um território fértil para receber investimentos em setores estratégicos como inteligência artificial e infraestrutura. “A Vaca Muerta, por exemplo, é uma das reservas mais prolíficas de petróleo e gás do mundo”, disse.

Setores negligenciados

Segundo Paolo, a Argentina passa por um momento inédito em décadas: “Não se lança um empreendimento imobiliário há mais de 20 anos. Toda a cadeia de energia está defasada. É um país para ser reconstruído”.

A agricultura também tem destaque. “Produzir grãos na Argentina é mais barato e a logística é mais fácil que no Brasil. E o governo ainda colocava impostos sobre exportação, o que estrangulava o setor”, critica. Com a agenda de desregulamentação em curso, o gestor vê a agroindústria como uma das grandes beneficiadas nos próximos anos.

Além disso, a inflação já caiu de 25% para cerca de 1,5% ao mês, o superávit primário cresce e a dívida pública como percentual do PIB é uma das menores entre os países de risco elevado. “A Argentina vai crescer entre 5% e 6% neste ano. O cenário está encaminhado para o país voar”, avaliou.

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Autor: osniralves

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