Assessor experiente incorpora taxa fixa em seu modelo de remuneração; veja avaliação


O mercado de assessoria de investimentos no Brasil tem se diversificado nos últimos anos, com a chegada de novos formatos de remuneração que buscam reforçar a transparência e o alinhamento entre cliente e assessor. Entre esses modelos está o fee based, uma taxa fixa acertada previamente entre investidor e o assessor.
O fee based vem ganhando espaço no Brasil e já conta inclusive com a adesão de profissionais mais experientes, como Fernando Kobuti, sócio da Blue3. Ele iniciou sua carreira em 2017, período em que a comissão sobre produtos era a regra predominante.
Segundo ele, o modelo alternativo de remuneração estimulou reflexões sobre como evoluir na forma de se relacionar com os clientes. “O maior aprendizado foi perceber que havia espaço para construir algo ainda mais alinhado [com o investidor]”, explica Kobuti, que começou a oferecer as duas opções – fee based ou comissão – em 2020.
O movimento, acrescenta, tem colaborado com um fator fundamental para o sucesso no mercado de assessoria de investimentos: a valorização de relacionamentos de longo prazo, sustentados pela confiança. Para ele, a possibilidade de oferecer também o fee based se mostrou uma importante ferramenta para fortalecer vínculos com os investidores.
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Práticas que fortalecem o relacionamento
Na visão de Kobuti, não basta apenas adotar um modelo de remuneração diferente: a confiança se constrói com atitudes consistentes no dia a dia. Ele destaca como diferenciais a comunicação clara, a educação financeira contínua e a construção de um planejamento que considere os objetivos de longo prazo do cliente.
“É fundamental olhar para a vida do investidor como um todo, e não apenas para oportunidades pontuais”
Outro ponto de atenção, segundo ele, é a disponibilidade. Estar acessível e próximo dos clientes se tornou um diferencial importante, especialmente em momentos de maior volatilidade do mercado.
“A presença gera segurança e fortalece os vínculos”
Essas práticas, combinadas ao modelo de remuneração que mais se adapta ao cliente, criam um ambiente mais propício para desenvolver relações de longo prazo e de confiança mútua. Para Kobuti, é dessa forma que o assessor consegue realmente gerar valor no dia a dia.
Um futuro de maior alinhamento
A trajetória de Kobuti mostra como mudanças de postura podem contribuir para amadurecer o relacionamento entre assessor e cliente. O fee based, em sua visão, não é apenas uma forma de remuneração, mas também uma filosofia de trabalho que privilegia a confiança.
Ainda que a evolução do mercado seja gradual, o assessor acredita que o caminho está traçado.
“Nem todos vão optar por essa transição, mas percebo que o fee based já é uma referência importante dentro do setor”
Sua experiência reforça que, mais do que uma escolha de modelo, trata-se de um posicionamento profissional. Um movimento que exige paciência e convicção, mas que, segundo ele, abre espaço para relações mais sólidas e de longo prazo.

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Do modelo híbrido à decisão pelo fee based
Durante alguns anos, Kobuti manteve os dois modelos em paralelo. Porém, em 2025, decidiu migrar integralmente para o fee based. Segundo ele, essa escolha foi pautada por valores pessoais e pela visão de futuro da sua carreira.
“Preferi abrir mão de ganhos imediatos para construir relações mais sólidas, em linha com a forma como acredito que devo trabalhar”
A mudança não aconteceu sem desafios. Parte da base de clientes optou por seguir em outros formatos, mas outros investidores se aproximaram justamente pela clareza. No balanço, Kobuti enxerga que o fee based ajudou a consolidar um grupo mais fiel e conectado à sua filosofia de trabalho.
Para facilitar a compreensão do modelo, o assessor recorre a uma metáfora simples: a do médico. “O profissional de saúde é remunerado pela consulta e recomenda o melhor tratamento. O assessor fee based, da mesma forma, é pago pelo tempo, pelo conhecimento e pelo alinhamento de interesses. Essa comparação aproxima e gera identificação imediata”, diz.
Ainda assim, Kobuti reconhece que a convivência entre os formatos deve permanecer por muito tempo.
“É uma mudança cultural, e isso leva tempo. Mas vejo uma tendência clara de valorização da transparência”
Aos profissionais que estão iniciando na carreira, o conselho é simples: olhar além do curto prazo. “O fee based pode representar ganhos menores no início, mas é como plantar uma árvore. Com o tempo, os frutos aparecem e sustentam a jornada inteira”, afirma.
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Autor: osniralves