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BBAS3 dividendos hoje: calendário do Banco do Brasil, valores por ação, payout 2025/2026 e projeções de yield

O Banco do Brasil (BBAS3) segue uma política de remuneração historicamente consistente aos seus acionistas. No entanto, o cancelamento do pagamento de dividendos referente ao terceiro trimestre de 2025 (3T25), em meio à crise que atinge o crédito e o agronegócio, acendeu um sinal de alerta nos investidores do mercado monetário.

  • Veja aqui a cotação de BBAS3 em tempo real

O banco estatal tem um calendário de oito fluxos de proventos para o exercício de 2025/2026, sendo quatro antecipados (efetuados antes do fechamento dos trimestres de referência) e quatro complementares (pagos após a divulgação dos resultados contábeis).

Essa estrutura reflete a política de payout (porcentagem do lucro distribuído) definida pelo Conselho de Administração, que destinava entre 40% e 45% do lucro líquido à distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), conforme as condições financeiras e as metas de capital da companhia.

No entanto, diante da crise pela qual passa o banco, o payout foi cortado para 30%, com mudanças no cronograma oficial de pagamentos para ajustar o caixa do BB à situação atual.

BBAS3: como funciona a política de dividendos e JCP do Banco do Brasil

Para o investidor pessoa física o BB distribui proventos sob duas modalidades distintas, cada uma com implicações tributárias específicas:

  • Dividendos: representam a parcela do lucro líquido distribuída aos acionistas e, conforme a legislação brasileira vigente, são isentos de Imposto de Renda (IR). Assim, o valor recebido pelo investidor é integral e não sofre descontos;
  • Juros Sobre Capital Próprio (JCP): embora tenham a mesma finalidade – remunerar o acionista –, o JCP é tributável. Trata-se de uma forma de distribuição reconhecida como despesa dedutível para a firma, o que reduz sua base de cálculo de Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Para o investidor, entretanto, há retenção de 15% de IR na fonte, realizada pelo Banco do Brasil. O acionista recebe o valor líquido, cabendo apenas declarar o rendimento na sua declaração anual de IR.

No primeiro trimestre, o BB aprovou R$ 1,9 bilhão em JCP, equivalentes a R$ 0,3343 por ação, pagos em 12 de junho com base na posição acionária de 2 de junho. Em maio, também havia distribuído R$ 516 milhões em JCP, somando-se aos R$ 852 milhões pagos em março.

Calendário de proventos 2025/2026: datas-com, “ex” e pagamentos

Em 2025, o Banco do Brasil realizou os pagamentos antecipados de proventos referentes ao primeiro semestre em 21 de março e 12 de junho, conforme deliberado anteriormente pelo Conselho de Administração.

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A partir do segundo semestre, em razão da revisão do payout para 30%, aprovada em 13 de agosto de 2025, o banco informou que não haverá pagamento antecipado referente ao 3T25. Assim, a remuneração aos acionistas do período será paga integralmente em 11 de dezembro de 2025.

As datas-com (ou data-ex) – que definem quem tem direito ao recebimento – ocorreram em 11 de março e 2 de junho e a próxima está prevista para 1º de dezembro de 2025, antecedendo o pagamento de 11 do mesmo mês. O cronograma seguinte inclui ainda o pagamento complementar previsto para 5 de março de 2026, com data-com em 23 de fevereiro, conforme o calendário.

O payout do exercício de 2025 fixado em 30% engloba juros sobre capital próprio e/ou dividendos alinhados às projeções revisadas do banco para o ano, que apontam lucro líquido ajustado entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões.

Não entendeu? Veja o exemplo

Um acionista que possuía BBAS3 até 2 de junho de 2025 recebeu os valores em 12 de junho, referentes ao JCP do 1T25. Caso tenha adquirido as ações a partir de 3 de junho, ele não participou da distribuição. Essa lógica se aplica a todos os fluxos do calendário.

Dividend yield de BBAS3: o impacto do payout de 30%

Em 2025, o dividend yield (DY, o rendimento de dividendos) de BBAS3 está em torno de 4,13%, segundo levantamento da Comdinheiro/Nelogica até agosto, o que coloca o banco na 39ª posição entre as maiores pagadoras do Índice de Dividendos (IDIV).

Apesar de abaixo da média histórica da companhia, o yield reflete um período de pressão sobre lucros e provisões, especialmente devido à inadimplência no agronegócio.

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A Monte Bravo Investimentos se mostra como a casa mais otimista com o BBAS3. Bruno Benasse, analista de ativos da corretora, afirma:

Nossa projeção para os próximos quatro trimestres é que a companhia tem capacidade de distribuir R$ 1,12 por ação.

A XP Investimentos, mais cautelosa, projeta dividend yield de 5,5% para 2026, com o retorno a níveis de dois dígitos apenas por volta de 2030, enquanto a Monte Bravo estima essa retomada já em 2027.

Histórico de dividendos

Nos últimos dez anos, o BB tem mantido uma trajetória consistente de pagamentos, alternando ciclos de maior e menor rentabilidade conforme o ambiente econômico e a Selic (taxa básica de juros da economia).

A média de DY dos últimos cinco anos foi de 8,5%, o que significa que aportes mensais de R$ 473 por 30 anos poderiam gerar uma renda mensal de R$ 5 mil, caso o retorno se mantenha nesse patamar.

Data-com de BBAS3: como funciona?

A data-com é o dia que define quem tem direito ao provento. No caso do BBAS3, por exemplo, quem comprou ações até 2 de junho de 2025 recebeu o JCP pago em 12 de junho. A partir do dia seguinte, o papel passou a ser negociado “ex-proventos”, ou seja, sem direito ao pagamento. Esse sistema vale para todos os fluxos previstos no calendário de proventos oficial divulgado pela estatal.

Selic, PDD e agronegócio afetam os dividendos do Banco do Brasil

Trator faz pulverização em plantação; agronegócio sofre com queda dos preços das commodities e alta dos custos dos insumos. (Imagem: Dusan Kostic em Adobe Stock)

A relação entre a taxa Selic e o desempenho do Banco do Brasil é direta. Juros altos elevam o custo do crédito e pressionam a inadimplência, especialmente entre produtores rurais, segmento em que o banco tem forte exposição. Em 2025, as provisões para Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) cresceram mais de 100%, o que reduziu o lucro líquido para R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre, uma queda de 60% em um ano.

Por outro lado, uma queda gradual da Selic tende a reduzir tais provisões, melhorando o balanço e abrindo espaço para retomar os dividendos. A expectativa da Monte Bravo é de que o banco volte a rentabilidades acima de 10% ao ano em 2027, quando a inadimplência deve se estabilizar.

Como comprar BBAS3?

As ações BBAS3 são ordinárias e negociadas na B3, a Bolsa de Valores brasileira. Para investir, basta abrir conta em uma corretora e buscar o papel pelo ticker BBAS3. O investidor pode adquiri-las diretamente pelo home broker ou via fundos de ações e Exchange Traded Funds (ETFs, fundos de investimento negociado na Bolsa como se fosse uma ação) que incluam o BB na carteira.

Por ser uma firma de economia mista, o Banco do Brasil combina controle estatal com participação de acionistas privados. Como se trata de ações ordinárias, os investidores que as detêm têm direito a voto em assembleias e participação nos lucros.

BBAS3 paga dividendos mensais?

Não. O Banco do Brasil faz pagamentos trimestrais, com parte antecipada e parte complementar, seguindo o calendário divulgado anualmente. O modelo busca manter previsibilidade sem comprometer o caixa.

Quanto BBAS3 paga por ação?

Em 2025, os pagamentos trimestrais do Banco do Brasil (BBAS3) variaram de R$ 0,09 a R$ 0,33 por ação, conforme o tipo de provento – JCP ou dividendos – e o trimestre de referência. A projeção da Monte Bravo indica R$ 1,12 por ação nos próximos quatro trimestres.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Isabela Ortiz

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