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Bitcoin caminha para o pior mês desde o colapso das criptomoedas de 2022

O Bitcoin está a caminho de seu pior desempenho mensal desde uma série de colapsos corporativos que abalaram o setor mais amplo de criptomoedas em 2022.

A maior criptomoeda caiu até 7,6%, chegando a US$ 80.553 na sexta-feira. O segundo colocado, Ether, recuou até 8,9%, ficando abaixo de US$ 2.700, enquanto uma série de tokens menores registraram quedas semelhantes. O valor total de mercado das moedas virtuais caiu abaixo de US$ 3 trilhões pela primeira vez desde abril, segundo dados do CoinGecko.

O Bitcoin já perdeu cerca de um quarto de seu valor em novembro, o maior recuo em um único mês desde junho de 2022, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O colapso do projeto de stablecoin TerraUSD, de Do Kwon, em maio daquele ano, desencadeou uma cadeia de falências corporativas que culminou na queda da exchange FTX, de Sam Bankman-Fried.

Apesar de uma Casa Branca pró-cripto sob o governo do presidente Donald Trump e da crescente adoção institucional, o Bitcoin caiu mais de 30% desde que atingiu recordes no início de outubro. A derrocada segue uma onda devastadora de liquidações em 10 de outubro, que eliminou US$ 19 bilhões em apostas alavancadas com tokens, e, consequentemente, apagou cerca de US$ 1,5 trilhão do valor combinado de todas as criptomoedas.

A pressão de venda se intensificou nas últimas 24 horas, com mais US$ 2 bilhões em posições alavancadas liquidadas, segundo dados do CoinGlass.

O cenário mais amplo do mercado pouco ajudou. As ações dos EUA, que haviam subido com o entusiasmo renovado por inteligência artificial após resultados positivos da Nvidia Corp., cederam ganhos na quinta-feira devido a preocupações sobre avaliações esticadas e dúvidas sobre um corte na taxa de juros do Federal Reserve em dezembro.

“Sentimento em todo o mercado é incrivelmente ruim. Parece haver um vendedor forçado no mercado e não está claro até onde isso vai”, disse Pratik Kala, gestor de portfólio do hedge fund australiano Apollo Crypto.

Uma carteira de criptomoedas identificada como “Owen Gunden”, que possuía Bitcoin desde 2011, começou a vender tokens no valor total de US$ 1,3 bilhão no final de outubro e se desfez de seu último Bitcoin na quinta-feira, segundo publicação no X do pesquisador de blockchain Arkham Intelligence.

Um indicador de sentimento dos investidores de criptoativos, que mede fatores como volatilidade, momentum e demanda, também atingiu seu nível mais baixo desde o colapso de 2022. O índice, compilado pelo Coinglass, indica atualmente “medo extremo” entre os traders. Ele estava em 94 logo após Trump vencer a eleição presidencial há pouco mais de um ano.

As instituições parecem relutantes em aproveitar a fraqueza do mercado. Um grupo de 12 ETFs de Bitcoin listados nos EUA registrou saídas líquidas de US$ 903 milhões na quinta-feira, seu segundo maior resgate em um único dia desde o lançamento em janeiro de 2024. O open interest em contratos futuros perpétuos caiu 35% em relação ao pico de outubro, de US$ 94 bilhões.

Tony Sycamore, analista da IG Australia, afirmou em nota que o mercado “pode também estar buscando testar o limiar de dor da Strategy” — uma referência ao hoarder de Bitcoin original administrado por Michael Saylor. O mNAV da Strategy Inc. — razão entre valor da firma e participações em Bitcoin — caiu para pouco mais de 1,2.

Em nota nesta semana, analistas do JPMorgan Chase & Co. alertaram que a Strategy pode perder seu lugar em benchmarks como MSCI USA e Nasdaq 100, com decisão esperada até 15 de janeiro.

Tentativas de replicar a estratégia de acúmulo de criptoativos de Saylor este ano também estão sob pressão, com firmas como Sequans Communications, ETHZilla e FG Nexus vendendo parte de suas participações para financiar recompra de ações e sustentar seus preços em queda.

O Bitcoin registrou sua 11ª baixa consecutiva na sexta-feira, a maior sequência desde 2010, segundo dados analisados pela Bloomberg.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Bloomberg

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