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Bitcoin e criptos retomam força com aposta em corte de juros nos EUA

Depois de uma sequência de dias com quedas aqui e altas tímidas acolá, o bitcoin (BTC) e as principais altcoins finalmente engataram uma valorização mais firme na manhã desta quinta-feira (27).

O BTC era negociado na faixa dos US$ 91 mil por volta das 10h de hoje, com alta de 5% no dia, enquanto ethereum (ETH) era trocado de mãos acima dos US$ 3 mil, com valorização de 4%.

O gatilho veio dos juros nos Estados Unidos. A ferramenta CME FedWatch, que mede as expectativas com a taxa, mostra que o mercado passou a ver 85% de probabilidade de corte em dezembro. Para comparar: há uma semana essa chance era de 39%.

A mudança de humor ganhou força após declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) defendendo juros mais baixos, além de novos dados e projeções que apontam um crescimento mais forte da economia americana em 2026, mas com crescimento morno de empregos.

Vale sempre reforçar: ciclos de queda de juros tendem a favorecer criptomoedas e outros ativos de risco, como ações, porque reduzem o apelo da renda fixa, como os títulos do Tesouro americano (as treasuries).

Historicamente, nos dois últimos grandes ciclos de cortes nos EUA – 31/07/2019 a 15/03/2020 e 18/09/2024 a 17/09/2025 – o bitcoin subiu em 50% das vezes três meses após o início dos cortes e caiu na outra metade. Em janelas de seis meses, o desempenho melhora: 75% de altas e 25% de quedas.

Outro impulso veio dos ETFs de bitcoin dos EUA. Eles registraram dois dias seguidos de entradas, somando cerca de US$ 150 milhões, segundo a ferramenta SoSoValue – algo que não acontecia havia um mês e indica uma volta, ainda tímida, da confiança.

Os ETFs de ethereum estão ainda mais aquecidos: quatro dias consecutivos de entradas, perto de US$ 300 milhões no total.

“Nos últimos dias, o comportamento do mercado mudou. O bitcoin encontrou zonas de suporte importantes, o volume vendedor diminuiu e começou um processo gradual de recomposição”, disse Francis Wagner, head de criptomoedas da Hurst Capital.

Veja as cotações das principais criptomoedas às 10h:

Bitcoin (BTC):  +5,60%, US$ 91.298,94

Ethereum (ETH): +4,00%, US$ 3.012,86

XRP (XRP): +1,50%, US$ 2,18

BNB (BNB): +4,40%, US$ 891,47

Solana (SOL): +4,20%, US$ 141,69

Outros destaques do mercado cripto

IOF se aproxima das criptos. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) está cada vez mais perto de alcançar as criptomoedas. Ontem, em coletiva no Palácio do Planalto, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o governo estuda a taxação dos ativos digitais após o Banco Central enquadrar os criptoativos como operações cambiais. Fica a dúvida: será que as stablecoins perdem apelo quando isso avançar?

A regulação é um desafio. O mercado cripto brasileiro ainda é jovem – e carrega desafios proporcionais à idade. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) em parceria com a PwC Brasil, 90% das firmas do setor apontam a regulação como o principal entrave para avançar. Também preocupam a cibersegurança (48%), a escassez de profissionais qualificados (47%) e as fraudes (45%).

USDT sob pressão. A Tether, emissora da USDT – a maior stablecoin do mercado, ligada ao dólar – levou um baque nesta semana. A agência de classificação de risco S&P rebaixou a firma para a nota 5 (a pior da escala) ao avaliar que parte das reservas que sustentam o token é composta por ativos de maior risco. Entre eles estão bitcoin e dívidas corporativas. Para a agência, essa estrutura pode comprometer a capacidade do criptoativo de manter a paridade de 1:1 com a moeda americana.

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Autor: Lucas Gabriel Marins

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