Bolsas internacionais hoje tem novo dia de caos após China retaliar os EUA com tarifas
As bolsas internacionais hoje passam por um novo dia de caos por conta da escalada da guerra comercial deflagrada pelo anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifas para produtos importados pela maior economia do mundo. As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira (4), estendendo perdas de quinta-feira, enquanto as europeias mostram forte queda no pregão em curso.
Na quarta-feira (2), o presidente dos EUA anunciou tarifas “recíprocas” para mais de 180 países e territórios, reforçando temores sobre uma guerra comercial global e de que a economia americana entre em recessão. O mau humor nos mercados internacionais, portanto, ocorre também após as bolsas de Nova York amargarem na quinta-feira perdas de até quase 6%, no maior tombo em um único pregão desde março de 2020, um dia após Trump anunciar pesadas tarifas “recíprocas” a importações globais.
Entre as principais bolsas da Ásia, o índice Nikkei caiu 2,75% em Tóquio, a 33.780,58 pontos, atingindo o menor nível desde 5 de agosto do ano passado, à medida que a última rodada de tarifas dos EUA gerou incertezas sobre a perspectiva de crescimento global e a trajetória do juro básico do Banco do Japão (BoJ). Ações de chips e financeiras lideraram as perdas no mercado japonês.
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Em Seul, o Kospi recuou 0,86%, a 2.465,42 pontos, em seu terceiro pregão negativo seguido, deixando em segundo plano decisão do Tribunal Constitucional da Coreia do Sul de oficializar hoje a remoção do presidente Yoon Suk Yeol do cargo, por tentativa de golpe de Estado. Já quanto as bolsas da China continental, de Hong Kong e de Taiwan não operaram hoje em função de um feriado.
Na Oceania, a bolsa australiana entrou hoje no chamado “território de correção”, ao acumular perdas de mais de 10% desde seu último pico. O S&P/ASX 200 teve queda de 2,44% em Sydney, a 7.667,80 pontos.
Bolsas europeias aprofundam quedas com tarifas
As bolsas europeias operam em forte baixa na manhã desta sexta-feira, ampliando os tombos da véspera, à medida que investidores seguem evitando ativos de maior risco – caso das ações – após o último tarifaço do governo Trump.
No início da manhã de hoje, o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 4,68%, a 498,64 pontos, depois de amargar queda de 2,57% na quinta-feira, no seu pior desempenho em oito meses. O subíndice do setor bancário se mantinha como destaque negativo, com perdas de 6,4%, após recuar 5,5% na sessão anterior.
Nas próximas horas, investidores vão acompanhar o relatório de emprego dos EUA, o chamado payroll, e discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, o primeiro desde o tarifaço de Trump. O ambiente nebuloso causado pela tarifas impulsionou apostas de que o Fed possa cortar juros de forma mais agressiva este ano.
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O noticiário macroeconômico europeu também é desanimador. Na Alemanha, as encomendas à indústria ficaram estáveis em fevereiro, contrariando previsão de alta de 3%.
Às 08h40 (de Brasília), entre as principais bolsas europeias hoje:
- a bolsa de Londres caía 4,22%;
- a bolsa de Paris recuava 4,68%;
- a bolsa de Frankfurt cedia 5,43%;
- a bolsa de Milão caía 7,50%;
- em outros países da Europa, as bolsas de Madri e Lisboa recuavam 5,83% e 5,26%.
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Autor: Raphael Leites