A Câmara dos Deputados votou a favor de projeto de decreto legislativo (PLD) para revogar o último decreto do governo que alterou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), nesta quarta-feira (25).
O placar final ficou em 383 votos a favor e 98 contrários ao PDL 214/25, que tem por objetivo a suspensão do decreto do governo sobre IOF.
A medida, publicada em 11 de junho, foi a terceira tentativa do governo Lula de reajustar o tributo em menos de um mês, após fortes críticas de setores econômicos e do Congresso.
O texto agora segue para votação no Senado Federal, sem data para acontecer. O presidente da Casa Alta, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), chegou a afirmar que os senadores poderiam votar nesta quarta o PDL. Ele condicionou a análise, porém, à apreciação pela Câmara. “Se a Câmara votar, a gente vota”, disse Alcolumbre a jornalistas ao chegar no Congresso, durante a tarde.
Como mencionado durante a sessão na Câmara, o último presidente a ter decreto revogado pela Câmara dos Deputados foi Fernando Collor de Mello, em 1992. No caso de Collor, a revogação também aconteceu no Senado Federal.
Mais cedo, em meio à orientação sobre o requerimento, o líder do União na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), saiu em defesa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), “convocou sessão desde a semana passada” sobre o tema, que “foi discutido por duas reuniões” no colégio de líderes.
“Aqui ninguém se esconde. Estamos aqui para votar”, indicou Pedro Lucas. Não havia data para que a Câmara analisasse o PDL. O tema foi colocado em pauta por Motta na noite desta quarta-feira, 24, e anunciado no X às 23h55.
(com Estadão Conteúdo)
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Autor: camillebocanegra
