Casa própria: entenda 3 regras do novo modelo de crédito imobiliário
O Governo Federal anunciou mudanças significativas no sistema de crédito habitacional, com o objetivo de ampliar o acesso à casa própria, estimular o setor da construção civil e facilitar o financiamento para diferentes faixas de renda.
Esse novo modelo reformula as regras de direcionamento dos recursos da poupança e moderniza a estrutura do Sistema monetário da Habitação (SFH). Veja abaixo as novas normas.
1. Flexibilização na taxa para depósitos da poupança
Antes, apenas 65% dos depósitos da poupança eram obrigatoriamente direcionados ao financiamento imobiliário, conforme nota do Governo Federal. Agora, o percentual poderá chegar gradualmente a 100%, o que permite aos bancos liberar mais crédito para quem deseja financiar um imóvel.
Essa flexibilização reduz o impacto da queda nos depósitos da poupança sobre o crédito disponível, principalmente em momentos de instabilidade econômica.
2. Imóveis mais caros com juros controlados
Segundo a Agência Brasil, uma das novidades mais relevantes é o aumento do valor máximo dos imóveis que podem ser financiados dentro das regras do SFH: de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
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Com isso, imóveis mais caros poderão ser adquiridos com taxas de juros reguladas (de até 12% ao ano) e com possibilidade de uso do saldo do FGTS para entrada, amortização ou pagamento de parcelas.
3. Crédito para reforma com foco social
Além dos financiamentos para aquisição, foi lançada uma nova linha de crédito voltada à reforma de moradias, com foco em famílias de baixa renda. Os valores variam de R$ 5 mil a R$ 30 mil, com prazos de até 60 meses e juros reduzidos.
O benefício está inserido no programa Minha Casa, Minha Vida, dentro do Novo PAC, e atende famílias com renda de até R$ 9.600 mensais.
Quem poderá contratar os novos financiamentos
As novas condições atendem especialmente a famílias da classe média, inclusive aquelas com renda acima de R$ 12 mil, que tinham dificuldade de acesso ao crédito fora das regras do SFH. A medida também prevê redução na entrada mínima, facilitando o acesso de quem já estava próximo de financiar, mas esbarrava no valor inicial exigido.
FGTS como aliado na compra do imóvel
Com as mudanças no teto do SFH, mais famílias poderão usar o FGTS como parte do financiamento. O saldo do fundo pode ser utilizado para compor a entrada, abater o valor das parcelas ou quitar parte do saldo devedor. Essa flexibilidade ajuda a equilibrar o orçamento e aumenta o poder de compra de quem busca a casa própria.
Colaborou: Giovana Sedano.
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Autor: Jéssica Anjos