CCR (CCRO3) investe R$ 100 milhões para faturar além do transporte; veja o que está no faro da empresa
A CCR (CCRO3) vai investir, ao longo de 2025, R$100 milhões em estações de trens e metrôs para ampliar o faturamento vindo de outras fontes que não o transporte. Nas três capitais em que a companhia opera, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, a ideia é fortalecer a infraestrutura para ampliar a oferta de serviços e lojas para diversificar a receita, assim como tornar os espaços disponíveis mais rentáveis.
Em 2024, as receitas complementares, que não estão diretamente ligadas ao serviço principal da CCR Mobilidade, totalizaram R$ 158,3 milhões, 28,8% a mais do que em 2023. Para 2025, a meta é crescer neste mesmo patamar de 30%. Com os números atuais, este tipo de receita representa cerca de 4% do faturamento total da plataforma de mobilidade. A expectativa é que, no longo prazo, a fatia possa atingir entre 10% e 12%, segundo o presidente da CCR Mobilidade, Márcio Hannas.
As receitas complementares têm mais margem para expansão do que as relacionadas ao transporte, explica o executivo. “As tarifas (de passagem) são definidas contratualmente e a demanda está muito atrelada aos níveis de emprego. Então onde temos espaço para crescer é com as receitas não tarifárias, como as comerciais”, diz.
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Atualmente, a maior parte das receitas complementares vem do aluguel de espaços para comércio e serviços, assim como publicidade nas estações de trens e metrô. No entanto, a CCR Mobilidade tem explorado novas alternativas. Entre elas, serviços de logística na entrada e saída de grandes eventos esportivos e festivais de música, principalmente na Estação de Interlagos (São Paulo), a mais próxima de eventos como The Town e Lollapalooza.
Ampliação da CCR (CCRO3)
A CCR Mobilidade soma 590 lojas e quiosques, sendo 412 em suas operações em São Paulo, 149 na Bahia e 29 no Rio de Janeiro. Em 2024, 60 novas operações foram inauguradas nas estações e a meta é inaugurar mais 90 em 2025.
Com os investimentos previstos, a firma busca adaptar as instalações para que tenham condições adequadas para abrigar pontos comerciais mais atrativos para o público e com metro quadrado mais caro, beneficiando a rentabilidade da CCR Mobilidade. “Não queremos que as estações sejam apenas um ponto de embarque e desembarque, mas que ofereçam soluções para os passageiros”, afirma Hannas.
A lista de estratégias da CCR (CCRO3) inclui também a instalação de centros comerciais conectados às estações, mas abertos ao público em geral. Dos R$ 100 milhões, R$ 22 milhões, por exemplo, serão aplicados pela plataforma na Linha 5 – Lilás para construção do Mall Capão Redondo. Outros R$ 36 milhões serão aplicados na Linha 4 – Amarela para melhoria das estações Faria Lima e Pinheiros.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo