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Citi vê redução de caixa na Braskem (BRKM5) após saque bilionário, mas descarta risco de liquidez

O saque de US$ 1 bilhão da linha de crédito stand-by, anunciado pela Braskem (BRKM5), que, combinado à posição de caixa da firma em 30 de setembro, totalizou US$ 2,3 bilhões, indica que a companhia reduziu sua reserva de liquidez em US$ 400 milhões (de US$ 1,7 bilhão no fim do segundo trimestre), sobretudo em razão do cenário desafiador da indústria petroquímica e do pagamento de juros e principal, calcula o Citi.

“Embora não acreditemos que a firma esteja enfrentando um problema de liquidez (visto que tem um grande fluxo de caixa e só tem despesas de dívida relevantes em 2028), a medida de acionar a dívida stand-by expõe o cenário desafiador em que a firma se encontra e um conservadorismo de sua administração”, afirmam os analistas Gabriel Barra, Pedro Gama e Andrés Cardona.

O time acrescenta que, nos últimos dias, recebeu diversas perguntas de investidores sobre qual será o futuro da Braskem diante do atual ambiente de spreads menores, das notícias sobre possível troca de controle, da contratação de assessores monetários para otimizar a estrutura de capital e da eventual adoção de uma recuperação extrajudicial.

Eles ressaltam, contudo, que sobre a discussão sobre potencial aumento de capital e mudança de controle é difícil de comentar por falta de informações, já que ocorre apenas entre os principais acionistas da firma.

“Na nossa perspectiva, a Petrobras não pretende se tornar acionista majoritária da Braskem, pois não pretende abster-se do endividamento da Braskem em seu balanço, o que pode levar a Petrobras a reduzir o ritmo de pagamento de dividendos e além disso, a Petrobras não pretende tornar a Braskem uma estatal. Por outro lado, a administração da Petrobras já indicou que consideraria injetar capital na Braskem se a Novonor vendesse sua participação a um novo investidor”, afirmam.

Na opinião dos analistas, a eventual melhora dos resultados da Braskem pode vir de medidas de defesa comercial do governo, como avanços em processos antidumping, elevação da tarifa de importação de produtos petroquímicos e aprovação do Projeto de Lei PRESIQ. Eles enfatizam que não preveem recuperação dos spreads no curto ou médio prazo.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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