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Clubes de investimento podem proteger sua renda com taxação de dividendos no radar?

O governo deve tributar em 10% dividendos de pessoas físicas acima de R$ 50 mil mensais a partir de 2026. Para proteger a rentabilidade da carteira, muitos investidores vão começar a buscar alternativas e uma delas pode ser os clubes de investimento. Permitidos apenas a investidores particulares, esses veículos compartilham da mesma tributação de fundos profissionais, como isenção sobre dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCPs) recebidos durante a vida do clube, com incidência de impostos apenas no momento do resgate.

“Hoje, a pessoa física paga Imposto de Renda até um limite de R$ 20 mil por mês de transação. Num clube de investimento, seria isenta”, observa Werner Roger, sócio fundador e diretor de investimentos da Trígono Capital.

Com funcionamento simples e limites bem definidos: entre três e 50 pessoas, com cada participante podendo deter no máximo 40% das cotas. Os clubes de investimento se estruturam como fundos de renda variável – e renda fixa – acessíveis a grupos familiares ou de amigos. “Você junta a esposa, seus filhos, sua tia, seu primo, seu pai, sua mãe, amigos e criam um clube de investimento”, diz o gestor.

Vantagens que vão além do fiscal

Mais do que uma alternativa fiscalmente vantajosa, os clubes oferecem gestão coletiva, simplificação no acompanhamento e liberdade para escolher ativos. Ao evitar a tributação em cada operação, ou na distribuição de lucros, o investidor consegue retardar o pagamento de impostos e potencializar o efeito dos juros compostos ao longo do tempo.

Segundo a B3, para criar um clube de investimento, é preciso “um administrador — que deve ser uma corretora, uma distribuidora de títulos ou um banco com carteira de investimento”. Há uma série de etapas a serem cumpridas, além disso, como definição do estatuto, registro na CVM, aporte de recursos e operações.

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Participar de um grupo desses traz vantagens que vão além da eficiência tributária. Neste artigo, a Nord Investimentos mostra que a união de recursos entre os membros permite montar carteiras mais diversificadas e reduzir riscos. Além disso, os custos operacionais e administrativos são compartilhados, tornando o investimento mais econômico.

A experiência também favorece o aprendizado, pois, ao acompanhar as decisões e discutir estratégias, os participantes desenvolvem educação financeira. “O clube de investimento é uma modalidade que tem como principais objetivos ser um instrumento de aprendizado para o pequeno investidor e um canal de acesso ao mercado de capitais”, diz a B3 sobre o coletivo de investidores.

Mas nem tudo são flores nos clubes de investimento

Apesar das vantagens colaborativas e educacionais, os clubes de investimento também têm suas desvantagens.  Entre elas, a Nord aponta que a tomada de decisão coletiva pode ser lenta e, por vezes, ineficaz, especialmente quando há divergência entre os cotistas sobre estratégias ou ativos.

A informalidade em alguns grupos pode gerar problemas operacionais, como desorganização na gestão ou falta de disciplina na alocação dos recursos. Além disso, clubes menores podem enfrentar limitações operacionais e a ausência de um gestor profissional dedicado pode comprometer a consistência dos resultados no longo prazo.

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Autor: Leo Guimarães

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