Como escolher o melhor consórcio? 5 pontos para avaliar antes de contratar um


Em tempos de juros altos, o consórcio pode ser uma boa alternativa para a compra da casa, a troca do carro ou outra aquisição de valor mais elevado sem se descapitalizar.
Acessível e mais barata do que um financiamento bancário, a modalidade é também uma eficiente ferramenta de planejamento monetário. Ao longo do tempo, o consórcio se tornou mais sofisticado, mas é preciso saber escolher o tipo mais adequado para cada situação, como alerta Caio Souza, head de Consórcios da XP.
“Muitos clientes já entraram em consórcios com expectativas que não se concretizaram. Isso acarretou grandes volumes de cancelamentos e prejuízos no passado, e jogou contra o produto por muito tempo”, observa.
A seguir, você verá cinco aspectos que, segundo o gestor, devem ser avaliados com atenção na hora de escolher o melhor consórcio. Acompanhe.
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1 – Administradora do consórcio
O primeiro passo é conhecer a reputação e entender a saúde financeira da administradora do consórcio.
Para que possa atuar, toda administradora precisa de autorização do Banco Central (BC). No site da própria entidade há uma lista de todas as firmas do segmento devidamente autorizadas.
Além disso, o BC também divulga um ranking de reclamações classificadas conforme a origem e situação – se houve descumprimento das regras ou problemas operacionais, se a reclamação é procedente ou não, e assim por diante.
2 – Objetivo da operação
Outro aspecto importante é ter um objetivo bem definido e entender como o consórcio pode ajudar a atingi-lo na linha do tempo. Como alerta Caio, a simples contratação do produto não garante a contemplação durante o andamento do grupo – e, muito menos, no curto prazo, como muita gente espera.
No financiamento, o dinheiro está disponível no momento da aprovação do crédito. Já no consórcio, há todo um processo de adesão ao grupo, sorteio e contemplação que o contratante precisa conhecer para tomar a sua decisão.
“Entender a volumetria de contemplações do grupo, o que é preciso para alcançar a contemplação, quanto precisa dar de lance (caso seja essa a opção), tudo isso é preciso avaliar para saber se vem de encontro ao planejamento monetário”, explica o head da XP
3 – Custo da operação na linha do tempo
Aqui, é preciso considerar também o custo de oportunidade, considerando três cenários: fazer um consórcio, um financiamento ou adquirir o bem à vista.
No consórcio, existe a taxa de administração e a correção inflacionária do bem ao longo do tempo. No financiamento, os juros encarecem mais a dívida do que a taxa administrativa do consórcio, mas existe a possibilidade de antecipar parcelas com desconto. E as aplicações, embora remunerem a taxas menores do que as dos consórcios e financiamentos, asseguram liquidez, o que também deve ser considerado na hora da decisão.
Ou seja, a conta não é única, pois o custo de oportunidade depende do contexto monetário de cada um.
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4 – Suporte na pós-contemplação
Segundo Caio Souza, a assessoria depois da contemplação é um dos pontos mais sensíveis dos consórcios, e costuma ser bastante negligenciado no processo de venda da operação.
Muitas vezes, o cliente contrata o consórcio com a expectativa de que será fácil utilizar o crédito. Mas isso nem sempre acontece, seja pelo processo de análise de crédito do contemplado, pela burocracia que envolve a aquisição do bem, ou por outros motivos.
“Para evitar frustrações, é fundamental que a pessoa se certifique de que terá suporte da administradora depois da contemplação. O profissional que faz a venda do consórcio deve explicar como todo esse processo funciona e garantir que ele seja fluido e confortável para o cliente”, alerta Caio.
5 – Dinâmica de contemplação do grupo
Entre os cinco pontos, este é o que envolve aspectos mais técnicos relacionados à dinâmica do consórcio.
Aqui, entram basicamente informações sobre o volume de dinheiro que há no grupo e a relação entre a quantidade de cotas sorteadas mensalmente e a de participantes (se essa proporção é satisfatória ou não).
“Conhecer esses números ajuda a comparar volume de contemplações de diferentes grupos – quais têm mais êxito e quais ainda estão contemplando pouco. Essas informações dão uma ideia sobre a capacidade de entrega do bem por parte da administradora, e quem faz a venda do consórcio tem condições de explicar esses aspectos técnicos ao cliente”, observa Caio.
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Autor: carlacarvalho