Cosan (CSAN3) sobe 27% em setembro: até onde vai a recuperação após 9 altas seguidas?


A Cosan (CSAN3) voltou aos holofotes ao informar que tem sido “ativamente procurada” por interessados em potenciais investimentos, tanto na holding quanto na Raízen, sua joint venture com a Shell. A companhia destacou, em fato relevante, que as negociações estão em curso, mas sem decisão ou compromisso firmado. A busca por alternativas de reforço de capital — incluindo possível venda de ativos — integra a estratégia de desalavancagem.
No mercado, o Bank of America (BofA) reiterou recomendação de compra para a ação, com projeção de valorização de até 82%. Para o banco, a Cosan é “uma história única de recuperação na América Latina”, com potencial de reestruturação via injeção de capital na Raízen. A análise de soma das partes (SOTP) aponta valor justo de R$ 13,70 por ação, sendo R$ 3,10 referentes à joint venture.
Assim, após meses de pressão, CSAN3 entrou em rali consistente, com nove sessões consecutivas de ganhos. Mesmo acumulando queda de 8,46% em 2025, o papel reagiu da mínima de R$ 5,22 e já sobe 27,69% só em setembro, encerrando a última sessão (8/9) a R$ 7,47. O movimento levou o ativo a testar a média de 200 períodos (R$ 7,53) e colocar o IFR (14) em 76,38, nível de sobrecompra. Apesar da recuperação firme, a proximidade de resistências técnicas pede cautela para novos movimentos.
Para entender até onde o preço das ações do Cosan (CSAN3) pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica Cosan (CSAN3)
No gráfico diário, CSAN3 apresenta forte alta, sustentada pelo rali das últimas sessões. O fechamento mais recente em R$ 7,47 confirmou a nona alta consecutiva, mas também marcou encontro direto com a resistência da média de 200 períodos (R$ 7,53).
Para dar sequência ao movimento comprador, será necessário romper com consistência a faixa de R$ 7,53 / R$ 7,98. Caso isso ocorra, os próximos alvos projetados ficam em R$ 8,78 / R$ 9,32, com extensão em R$ 10,50 / R$ 11,37.
Do lado negativo, a realização é um cenário a ser considerado, dado o afastamento em relação às médias curtas (9 e 21 períodos). Os suportes mais próximos estão em R$ 7,13 / R$ 6,45, seguidos por R$ 5,92 / R$ 5,22. Um movimento corretivo mais intenso poderia levar o ativo até a região de R$ 4,76 / R$ 4,24, que representa um suporte de maior relevância.

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Análise de médio prazo
No gráfico semanal, a trajetória ainda reflete o peso de uma tendência de baixa iniciada em 2024, quando CSAN3 perdeu suportes relevantes. Apesar disso, a recuperação recente trouxe sinais de alívio. O ativo acumula 27,69% de alta em setembro, retomou negociação acima das médias móveis e mostra tentativa de formação de um fundo consistente a partir da mínima em R$ 5,22.
Para confirmar um movimento mais estruturado, será preciso superar a faixa de R$ 7,57 / R$ 8,78, onde encontra resistência intermediária e a linha de tendência de baixa do semanal. Acima desses níveis, os alvos seguintes ficam em R$ 10,50 e R$ 12,33, com extensão até a média de 200 períodos (R$ 14,57) e objetivo de mais longo prazo em R$ 16,00.
Já pelo lado negativo, se perder o suporte em R$ 6,53, CSAN3 pode retestar a mínima do ano em R$ 5,22. A perda desse patamar abriria espaço para quedas mais severas, com projeções em R$ 4,10 e posteriormente em R$ 2,96 / R$ 2,20.
No médio prazo, portanto, a estrutura ainda é de baixa, mas a reação vigorosa nas últimas semanas reforça a chance de uma reversão mais consistente — movimento que dependerá diretamente da superação das resistências atuais.

Suportes e resistências
CSAN3 (Cosan)
Com base no fechamento do dia 08/09, aos R$ 7,47, as ações da Cosan contam com:
- Suportes de curto prazo em R$ 7,13 (1), R$ 6,45 (2) e R$ 5,92 (3);
- Resistências de curto prazo em R$ 7,98 (1), R$ 8,78 (2) e R$ 9,32 (3).
- Suportes de médio prazo em R$ 6,53 (1), R$ 5,22 (2) e R$ 4,10 (3);
- Resistências de médio prazo em R$ 10,50 (1), R$ 12,33 (2) e R$ 14,57 (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Autor: Rodrigo Paz