De ‘1º PC do brasileiro’ para serviços e soluções com IA: a reinvenção da Positivo

Há mais de um ano, a Positivo (POSI3) concluiu sua transição de Positivo Informática, conhecida pelos equipamentos no varejo, para Positivo Tecnologia, com foco em serviços, em especial para o segmento corporativo. Agora, a companhia multinacional brasileira dá mais um passo na direção à inovação, com a chegada de novos integrantes.

A guinada da Positivo foi também marcada pela criação da Positivo S+ após a aquisição da companhia Algar Tech MSP. A firma adquiria se juntou com a Positivo Tech Service, em serviços gerenciados de TI e suporte técnico de firmas. A diversificação da companhia ganhava maior direcionamento, com destaque no segmento corporativo. Ainda em 2024, a receita da companhia já foi 68% composta pela unidade para firmas e instituições públicas.

Os negócios voltados ao segmento corporativo, como os serviços gerenciados de TI, vendas e locação de PCs, além de servidores e soluções de pagamento, seguem apresentando resultados favoráveis.  No primeiro trimestre de 2025, representaram 48% da receita, sendo serviços gerenciados de TI responsáveis por 24% dessa fatia.

A estratégia ganha reforço, a partir de agora, com a presença de duas novas lideranças na direção executiva. Raymundo Peixoto ocupa o cargo de presidente do Conselho de Administração e Rogério Rizzi assume a função de coordenador do Comitê de Estratégia e Novos Negócios do Conselho de Administração.

Rizzi foi vice-presidente de estratégia corporativa da HPnos Estados Unidos com foco em M&A, R&D, IoT, serviços e transformação digital. Atualmente é vice-presidente de Estratégia Corporativa da Okta, firma de desenvolvimento de softwarepara cybersecurity, localizada em São Francisco, na Califórnia.

Já Peixoto, que detém mais de 36 anos de experiência no mercado de tecnologia, teve longa carreira como como vice-presidente sênior da Dell Technologies para a América Latina, com passagens também pela Oracle e IBM. Em suas palavras, a Positivo possui “vocação de ser a grande multinacional de tecnologia brasileira”. O executivo reforça que sua missão é dar continuidade a um projeto já existente e atuar na consolidação da estratégia, com foco em clientes corporativos.

“A chegada do Raymundo e do Rizzi representa um reforço estratégico importantíssimo. Com suas experiências globais e visões apuradas de negócio, temos certeza de que ambos engrandecerão ainda mais o nosso quadro de liderança. Vão contribuir de forma decisiva para consolidarmos nossa posição como o parceiro ideal para aqueles que buscam soluções tecnológicas eficientes, alinhadas aos desafios e oportunidades da era da IA”, afirma Hélio Rotenberg, um dos fundadores e presidente da firma

Rotenberg destaca que a fase atual da companhia é marcada pela diversificação estratégica. O foco já tem sido, há algum tempo, oferecer toda a estrutura de TI da firma que seja cliente da companhia. O segmento de serviços já ocupa, de acordo com o CEO, 20% das receitas do grupo, enquanto servidores b2b já correspondem a 1/3 da receita.

Em sua visão, corroborada por Peixoto, a importância de ter servidores locais cresce dia após dia. Por isso a importância, no momento geopolítico atual, de oferecer a “soberania da infraestrutura”.

Mesmo sem desmerecer o segmento que trouxe a Positivo ao papel que hoje ocupa no setor de tecnologia brasileiro e que ainda corresponde a 30% da receita, Rotenberg diz que é o momento de se tornar mais do que varejista, mas sim “a cara da IA no Brasil”.

Sem abandonar sua vocação de “porta de entrada” de muitos brasileiros a produtos tecnológicos, a companha deve, em breve, anunciar mais iniciativas de IA voltadas para o consumidor pessoa física.

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