Dólar abre em alta com ameaças dos EUA contra Moraes e Lula liderando pesquisas eleitorais
O dólar hoje opera em alta nesta terça-feira (9) após o subsecretário da Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, afirmar que o governo Trump continuará “tomando as medidas adequadas” contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O juiz vota hoje no julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo crime de tentativa de golpe de Estado. Ainda no cenário político, pesquisas mostram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera contra todos os adversários nas eleições presidenciais de 2026. Por volta das 9h, o dólar subia 0,16%, a R$ 5,426.
Em post no X, antigo Twitter, Darren Beattie lembrou o dia da independência do Brasil e reforçou seu suposto compromisso em apoiar o brasileiro. “Para o ministro Alexandre de Moraes e os indivíduos cujos abusos de autoridade têm minado essas liberdades fundamentais, continuaremos a tomar as medidas adequadas”, pontuou.
Yesterday marked Brazil’s 203rd Independence Day. It was a reminder of our commitment to stand with the people of Brazil who seek to preserve the values of freedom and justice. For Justice Alexandre de Moraes and the individuals whose abuses of authority have undermined these…
— Senior Official for Public Diplomacy (@UnderSecPD) September 8, 2025
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Em 30 de julho, Moraes foi adicionado à Lista de Cidadãos Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN list), criada como parte da Lei Global Magnitsky de Responsabilidade de Direitos Humanos. A Lei Magnitsky é um dispositivo da legislação americana que permite que os EUA imponham sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.
A declaração ocorre após manifestações em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no 7 de setembro. Já o governo brasileiro reitera a necessidade de respeito à soberania do Brasil e que a justiça no país é autônoma, por isso, o executivo não vai interferir politicamente nas decisões do judiciário.
Lula lidera disputa eleitoral de 2026, fator que impacta o dólar hoje
Além disso, a pesquisa de intenção de votos divulgada na noite desta segunda-feira pela CNT/MDA mostra que o presidente Lula derrotaria seus oponentes em seis cenários testados para o 2° turno das eleições presidenciais de 2026. O nome do petista foi testado contra Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ciro Gomes (PDT), Ronaldo Caiado (União Brasil), Ratinho Jr. (PSD) e Romeu Zema (Novo).
A maior vantagem do petista é contra Jair Bolsonaro. A menor é contra Ciro Gomes. É a primeira vez que Lula aparece na dianteira à frente de Bolsonaro nesta pesquisa. Na de junho, o petista tinha 41%, contra 44% de Bolsonaro.
Eis os cenários:
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Lula x Jair Bolsonaro
-Lula: 45,7%;
-Jair Bolsonaro: 37,7%;
-Branco/nulo: 14,5%;
-Indeciso: 2,1%.
Lula x Tarcísio de Freitas
-Lula: 43,9%;
-Tarcísio de Freitas: 37,6%;
-Branco/nulo: 14,8%;
-Indeciso: 3,7%.
Lula x Ciro Gomes
-Lula: 39,4%;
-Ciro Gomes: 36,0%;
-Branco/nulo: 20,0%
-Indeciso: 4,6%.
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Lula x Ratinho Jr.
-Lula: 43,4%;
-Ratinho Jr.: 36,7%;
-Branco/nulo: 16,1%;
-Indeciso: 3,8%
Lula x Romeu Zema
-Lula: 45,0%;
-Romeu Zema: 30,7%;
-Branco/nulo: 19,2%;
-Indeciso: 5,1%.
Lula x Ronaldo Caiado
-Lula: 44,8%;
-Ronaldo Caiado: 30,4%;
-Branco/nulo: 20,2%;
-Indeciso: 4,6%.
Os resultados fazem parte da 165ª rodada da pesquisa de opinião divulgada pela Confederação Nacional do Transporte, em parceria com o Instituto MDA.
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Foram feitas 2.002 entrevistas entre 3 a 6 de setembro, de forma presencial, em 140 municípios de todas as 27 unidades federativas. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Agenda econômica segue vazia e traz poucos gatilhos para o dólar hoje
Mesmo que sejam somente ameaças, o julgamento e seus desdobramentos ganham destaque em um dia de agenda esvaziada, com o mercado aguardando dados da inflação brasileira e americana que devem sair, respectivamente, na quarta-feira (10) e quinta-feira (11).
Os investidores também aguardam a revisão anual do payroll. Na semana passada, o relatório de agosto veio bem abaixo do esperado. O dado elevou as apostas de cortes de juros no país até o final de 2025, mas também gerou preocupações sobre a desaceleração econômica.
Ontem o dólar fechou em queda de leve alta de 0,09%, a R$ 5,4173. Em mais um dia de agenda esvaziada com o mercado à espera dos dados da semana. Para mais informações sobre o dólar hoje, clique aqui.
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Autor: Bruno Andrade