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Dólar cai após dados da inflação brasileira e americana menores que o esperado

O dólar hoje opera em baixa, nesta sexta-feira (24), após dados da inflação americana e brasileira abaixo do esperado. O mercado também segue atento ao possível encontro entre o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o chefe do executivo dos Estados Unidos, Donald Trump, que pode ocorrer domingo na Malásia. Por volta das 10h, o dólar recuava 0,23%, a R$ 5,369. Na mínima, a moeda chegou a R$ 5,363.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,18% em outubro, uma desaceleração de 0,3 ponto porcentual na comparação com setembro, quando o indicador ficou em 0,48%. O número situa-se abaixo das expectativas dos analistas consultados pelo Broadcast, que calculavam um IPCA-15 de 0,24%. As estimativas variavam de 0,14% a 0,33%, todas apontando avanço mais moderado.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,94% e, nos últimos 12 meses, de 4,94%, abaixo dos 5,32% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2024, a taxa foi de 0,54%. O maior impacto veio do segmento de despesas pessoais, com alta de 0,42%. Os destaques neste mês foram cinema, teatro e concertos (2,05%), pacote turístico (1,97%) e empregado doméstico (0,52%).

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Para André Valério, economista sênior do Inter, o resultado de outubro reafirma a tendência recente de desinflação da economia brasileira, com um quantitativo e um qualitativo positivo. A expectativa para os meses restante do ano é de manutenção dessa tendência, com menores pressões nos combustíveis e energia, enquanto o aperto monetário deve contribuir para manter a inflação de serviços e núcleos em queda.

“Ainda assim, esperamos que o IPCA encerre 2025 com alta acumulada de 4,70% e que o Copom só inicie o ciclo de cortes em janeiro”, disse Valério.

Inflação americana também mexe com o dólar hoje

O mercado também acompanha os dados da inflação americana, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês). O indicador, divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA, ficou em 0,3% em setembro na comparação com agosto. O número saiu abaixo do esperado pelo mercado, que estimava um CPI de 0,4% para os Estados Unidos.

Na comparação anual, a expectativa era de aceleração a 3,1%. No entanto, o número reportado foi de 3%. Os dados reforçaram as expectativas de corte de juros para os Estados Unidos, por meio do banco central americano, o Federal Reserve (Fed). Segundo informações do CME Group, que administra a Bolsa de Chicago, 94,6% dos analistas acreditam em um corte de 0,25 ponto porcentual na próxima reunião do Fed de 29 de outubro.

Já 98,5% estima outro corte de 0,25 ponto porcentual na reunião de 10 de dezembro. Com isso, a taxa de juros nos Estados Unidos tende a recuar de 4% a 4,25% para 3,5% a 3,75% até o fim do ano. A queda de juros nos Estados Unidos enfraquece o dólar e fortalece o real.

Mercado segue atento às negociações entre Lula e Trump

Investidores aguardam o encontro de Donald Trump com Luiz Inácio Lula da Silva, no domingo, na Malásia, embora ainda sem confirmação oficial, e também com o presidente chinês, Xi Jinping, já confirmado para a próxima quinta-feira.

O presidente Lula deve tratar das tarifas de 40% aos produtos importados do Brasil. Lula admitiu que não espera um acordo imediato e disse que quer discutir sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como a Lei Magnitsky e a cassação de vistos, e também temas geopolíticos. Além de se reunir com Trump, Lula deve se encontrar com lideranças da China e do Vietnã, e pode receber representantes do Camboja e do Timor-Leste.

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A perspectiva de uma operação casada de venda de dólar à vista de até US$ 1 bilhão e compra de dólar futuro, via leilão de swap cambial reverso no mesmo valor, programada pelo Banco Central para segunda-feira, deve irrigar a liquidez, aliviar a taxa do cupom cambial, mas com impacto possivelmente neutro no valor do dólar. A operação visa atender a alguma demanda pontual mais forte identificada pelo Banco Central, segundo analistas do mercado.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, participam de evento em São Paulo, às 9h e 16h, respectivamente. No exterior, as atenções se voltam também para os índices de gerentes de compras dos EUA (PMIs), às 10h45, e o sentimento do consumidor americano da Universidade de Michigan (11h).

No exterior, a moeda americana ganha força sobre o dólar canadense após o presidente Donald Trump anunciar o fim das negociações comerciais com o Canadá. A libra e o euro perderam força, após leves ganhos pontuais mais cedo em meio aos PMIs preliminares do Reino Unido com alta generalizada em outubro, enquanto os PMIs da Alemanha superaram as expectativas. Ontem, o dólar caiu 0,20%, a R$ 5,3861, em meio à alta de 5% do petróleo e a confirmação do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping na próxima quinta-feira. Para mais informações sobre o dólar hoje, clique aqui.

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Autor: Bruno Andrade

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