Dólar hoje sobe e ultrapassa R$ 5,90 em meio à cautela com tensões entre EUA-China


O dólar à vista operava com alta ante o real nesta quinta-feira, à medida que os investidores ainda repercutiam a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na véspera de pausar algumas de suas tarifas de importação, que veio acompanhada de nova escalada nas tensões comerciais com a China.
Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial
Investidores também digerem os dados do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI), que caiu 0,1% em março, depois de alta de 0,2% em fevereiro. Com isso, a inflação anualizada alcançou 2,4%. A projeção da pesquisa Reuters era de que o índice de preços ao consumidor tivesse subido 0,1% no mês passado, refletindo os custos mais baixos de energia e o esgotamento dos efeitos dos aumentos de preços do início do ano.
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Vale ressaltar ainda que a informação da Casa Branca de que, agora, as tarifas sobre a China chegam ao patamar de 145%. O valor se refere aos 125% mencionados por Donald Trump na véspera, em resposta à retaliação de 84% promovida por Pequim, somados a 20% que já estavam em vigor antes do anúncio das chamadas “tarifas recíprocas”.
Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 14h40, o dólar à vista operava em alta de 1,04%, aos R$ 5,905 na compra e R$ 5,906 na venda. Na B3 o dólar para maio — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 1,86%, aos 5.951 pontos.
Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 2,53%, a R$5,8467, interrompendo uma sequência de três sessões de fortes ganhos.
O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2025.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,905
- Venda: R$ 5,906
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,945
- Venda: R$ 6,125
O que aconteceu com dólar hoje?
O dólar, que tinha ultrapassado a marca dos R$ 6 com a retaliação da China aos EUA, fechou em forte queda na véspera, voltando aos R$ 5,85 após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de uma pausa de 90 dias na cobrança de tarifas adicionais sobre produtos de uma série de países. Hoje a divisa voltou a apresentar ganhos ante o real.
O foco dos mercados nesta sessão continuava em torno do anúncio de Trump na quarta, quando pausou as tarifas impostas sobre uma série de países para permitir negociações, mantendo em vigor uma taxa universal de 10% sobre a maioria das importações dos EUA.
Após sessões consecutivas com grandes perdas nos mercados após Trump apresentar as tarifas na semana passada, uma vez que se teme o impacto econômico das medidas comerciais, investidores aproveitaram a pausa para retomar suas posições, elevando ativos de maior risco na quarta.
O dólar à vista, por exemplo fechou em baixa de 2,53%, a R$5,8467, na véspera, cerca de 25 centavos abaixo da máxima do dia, a R$6,0973 (+1,65%), que foi atingida antes do anúncio de Trump.
Nesta quinta, no entanto, prevalecia um sentimento maior de cautela no mercado nacional, uma vez que ainda existe preocupação com as consequências da escalada da disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Junto da pausa em algumas tarifas, Trump ainda afirmou que estava aumentando a taxa sobre os produtos chineses para 125%, em resposta à imposição por Pequim de tarifa de 84% sobre as mercadorias dos EUA.
A decisão da China veio como retaliação a uma imposição de tarifa anterior dos EUA. Na semana passada, Trump disse que colocaria taxa de 54% sobre o país asiático, levando a China a anunciar uma tarifa de 34% sobre os produtos norte-americanos.
Em seguida, os EUA impuseram taxa de 104% sobre os produtos chineses, provocando a tarifa retaliatória de 84%.
A China e os EUA são os dois maiores parceiros comerciais do Brasil.
(Com Reuters)
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Autor: Felipe Moreira