Dólar sobe 1% com incertezas sobre juros nos EUA e tensão em torno de possível bolha de IA
O dólar hoje inicia as negociações desta sexta-feira (21) no campo positivo em meio às atenções do mercado sobre os próximos passos da trajetória de juros nos Estados Unidos e temores renovados sobre uma bolha de ações ligadas à Inteligência Artificial (IA).. Na abertura, a divisa americana abriu o dia com alta de 0,30%, cotado a R$ 5,3546. Já às 11h20 (de Brasília), a moeda avança 1%, a R$ 5,39.
Na quinta-feira (20), o Departamento do Trabalho nos Estados Unidos informou que a maior economia criou 119 mil empregos em setembro, em termos líquidos. Os números que superaram as estimativas mais otimistas de Wall Street aumentaram as incertezas sobre a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para as próximas reuniões. O departamento ainda informou que os dados de emprego de outubro e novembro serão publicados em 16 de dezembro.
“Isso significa que o Fed tomará sua próxima decisão de juros sem ter acesso aos dados atualizados — um período de “blackout” econômico. Essa incerteza assimetria de informação aumenta a volatilidade e reforça a expectativa de manutenção de juros”, avalia William Castro Alves, estrategista chefe da Avenue.
Os resultados monetários da Nvidia também não ajudaram a minimizar o pessimismo dos investidores. Na quarta-feira (19), a big tech reportou um lucro líquido de US$ 31,91 bilhões no terceiro trimestre fiscal de 2026, o que correspondeu a um aumento de 65% no comparativo com igual período do ano anterior. Ainda assim, o desempenho da companhia não foi o suficiente para dissipar as preocupações com uma possível bolha no setor de inteligência artificial.
A combinação desses eventos resultou na queda das bolsas americanas. Na sessão de quinta-feira (20), o índice Nasdaq caiu 2,15%. O S&P 500 e Dow Jones também sofreram uma depreciação de 1,56% e de 0,84%, respectivamente.
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Na agenda americana, são esperados discursos de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano): presidente do Fed de Nova York, John William; diretor do Fed Michael Barr; vice-presidente do Fed, Philip Jefferson; presidente do Fed de Dallas, Neel Kashkari. O economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE) participam de evento do Banco Central da Suíça.
Em paralelo, a S&P Global divulga os índices preliminares de gerentes de compras (PMI) dos EUA composto, de serviços e industrial de novembro. A Universidade de Michigan publica o índice final de sentimento do consumidor e as expectativas de inflação em um e cinco anos.
Por aqui, a atenção fica concentrada na decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ampliou ontem a lista de isenções da tarifa de 40% para incluir mais produtos agrícolas do Brasil, em meio aos avanços nas negociações entre os dois países. Na prática, a decisão retira a sobretaxa de itens importantes para o setor exportador do País, como o café e a carne bovina.
Na ordem executiva divulgada pela Casa Branca, Trump cita a conversa telefônica que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 3 de outubro, na qual os dois líderes concordaram em abrir as discussões sobre o tarifaço. Desde então, os progressos nas negociações eliminaram a necessidade de tarifar algumas importações agrícolas, de acordo com ele.
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Com informações do Broadcast
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Autor: Daniel Rocha