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Dólar tem leve alta após dados do IBC-Br em semana de dados relevantes da economia americana

O dólar hoje em leve alta nesta segunda-feira (17) após dados do Banco Central mostrarem que o alcance da meta de inflação no horizonte relevante não será fácil, mesmo com o indicador evidenciando desaceleração da economia. No mercado internacional, investidores aguardam dados da economia americana, que tendem a balizar as expectativas de corte de juros nos EUA.

Por volta das 10h, o dólar subia 0,18%, a R$ 5,3065. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,24% em setembro ante agosto. A cifra ficou abaixo da mediana das expectativas, que indicava queda de 0,10%, segundo o Projeções Broadcast. O pior desempenho ficou para o setor industrial, que recuou 0,66%. Já a maior alta veio do agronegócio, que cresceu 1,51% em setembro contra agosto. Os números são na série sazonal com ajuste.

Na comparação sazonal sem ajuste, o IBC-BR total subiu 1,98% entre setembro de 2024 e setembro de 2025. O agronegócio avança 4,86% em um ano, a indústria cresce 2,09% e o setor de serviços tem alta de 1,8%. Para André Valério, economista sênior do Inter, o dado de hoje sugere um recuo de 0,9% no trimestre. Desse modo, o PIB deverá desacelerar no 3º trimestre. “Esperamos um PIB estável no 3º trimestre frente ao 2º trimestre”, diz Valério.

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Já Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez, diz que a resiliência do setor de serviços e da atividade econômica na comparação anual faz o juro futuro subir no início do pregão. “A alta é uma reação sinalização do IBC-BR de que a vida do BC para alcançar a meta de 3% no horizonte relevante (primeiro trimestre de 2027) não será fácil”, diz Tavares.

Mais cedo, o Boletim Focus aponta que a projeção suavizada de Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 12 meses à frente passou de 4,08% para 4,11%. A mediana de IPCA 2025 passou de 4,55% para 4,46%, abaixo do teto da meta (4,5%) e, para 2026, segue em 4,20%.

Na agenda do dia, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, lança, às 11h15, a consulta pública sobre a Estratégia Nacional de Descarbonização Industrial (ENDI), durante a COP30, em Belém (PA). A retirada apenas parcial das tarifas de 10% dos EUA sobre produtos agrícolas é vista como positiva, porém insuficiente para fortalecer o real no curto prazo. Analistas destacam que o efeito imediato pode ser neutro ou até negativo para ativos domésticos.

Expectativa para dados da economia americana pode mexer no dólar hoje

No cenário internacional, a retomada da divulgação dos indicadores nos EUA, após o fim da paralisação do governo, deixa o mercado cauteloso diante das expectativas pelo payroll na quinta-feira, em meio ao feriado da Consciência Negra no Brasil, e da ata do Fed e balanço da Nvidia, na quarta. A divisão entre dirigentes sobre cortes de juros em dezembro e sinais mais duros (“hawkish”) sustentam a demanda global por dólar, que avança frente a outras moedas de países desenvolvidos (DXY).

Os contratos futuros de petróleo adotam viés de baixa, após alta na sexta-feira. Mercado assimila fala do presidente Donald Trump que afirmou neste domingo que os EUA “poderão ter discussões” com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, indicando uma possível via diplomática ao mesmo tempo, em que Washington reforça sua presença militar no Caribe.

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Na sexta, a divisa americana fechou em leve queda, a R$ 5,2973 (-0,02%), permanecendo abaixo de R$ 5,30 pelo quarto pregão seguido. Apesar da estabilidade no último pregão, a moeda acumulou queda de 0,72% na semana passada. O dólar hoje recua 1,45% em novembro e registra baixa expressiva de 14,34% em 2025.

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Autor: Bruno Andrade

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