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Entre eficiência e digitalização: qual a visão do mercado após Investor Day do Itaú?

Entre eficiência e digitalização: qual a visão do mercado após Investor Day do Itaú?

O Itaú Unibanco (ITUB4) mostrou que está fazendo avanços significativos na transformação digital e na eficiência operacional durante o Itaú Day 2025, realizado na última terça-feira (2), com os copresidentes administrativos e o presidente executivo da firma. 

Após anos de investimentos bilionários em tecnologia, o banco agora busca consolidar ganhos de eficiência, expandir sua base de clientes e sustentar altos níveis de rentabilidade em múltiplos segmentos, segundo relatórios do mercado. Veja os principais pontos dos analistas. 

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O JPMorgan destacou quatro principais mensagens no Itaú Day, sendo elas: 

  • Varejo como motor de crescimento e rentabilidade de longo prazo; 
  • Foco em eficiência; 
  • Melhoria da experiência do usuário via tecnologia e inteligência artificial generativa; e 
  • Disciplina de capital e continuidade de dividendos.

Na visão dos analistas do JPMorgan, a firma reconhece a importância de ajustar custos e a estrutura para atender clientes. A meta do Itaú é digitalizar 75% da base de varejo nos próximos três anos, comparado aos 15% atualmente. Além disso, a gestão informou no Investor Day que pretende dobrar a carteira de varejo até 2030, o que implicaria uma Taxa de Crescimento Anual Composta (CARG) de 15%, além de expandir a base de clientes via ressegmentação e cross-selling pelo Superapp One Itaú.

“Embora a agenda de eficiência não seja um tema novo, é bem-vindo o fato de que o Itaú foi um pouco mais vocal sobre crescimento durante este investor day”, diz o relatório do JP Morgan. Os analistas mantêm a recomendação de compra para as ações do Itaú, com a visão dos papéis performando a 7,9x P/L (preço/lucro) sobre a projeção do JPM de lucro para 2026, acima do consenso.

Em relação aos dividendos do Itaú, a XP Investimentos destaca que, apesar de não haver nenhum guidance formal divulgado no Investor Day, a gestão mencionou que vai manter um payout (dividendo em relação ao lucro) robusto, baseado na geração de capital orgânica. A posição de capital, Nível de Patrimônio Comum (CET1) que está acima de 13%, traz “conforto para manter dividendos e possíveis recompra de ações, mesmo com o banco priorizando crescimento disciplinado”.

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Detalhes sobre eficiência

De acordo com relatório da Genial Investimentos, a gestão do Itaú estabeleceu como prioridade a redução do índice de custo/receita, que deve cair dos atuais 39% para cerca de 30% nos próximos anos. Em paralelo, o banco projeta dobrar a carteira de crédito em cinco anos, incluindo a ampliação em segmentos pouco explorados até então, como o varejo massificado.

“Nessa nova etapa, acreditamos que o banco possa sustentar, por algum tempo, uma vantagem competitiva que deve levar a uma expansão estrutural do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE)”, diz o documento. Uma simulação da Genial mostra que a queda do índice de eficiência para 30% elevaria o ROE para 26%, acima do custo de capital (que está em 15%), o que pode justificar um valuation com prêmio sobre os pares.

Os analistas da Genial ressaltam que para alcançar esses objetivos, será necessário reduzir significativamente o custo de servir, o que deve implicar tanto a redução do número de agências quanto ajustes na força de trabalho, hoje superior a 95 mil funcionários.

O relatório ressalta que a eficiência é especialmente relevante no varejo massificado, segmento que não traz lucros no estado atual, mas pode ser estratégico para o crescimento futuro do banco. 

A digitalização da base de clientes e a hiperpersonalização via Super App One Itaú são apontadas como instrumentos para redução de custos e aprimoração da experiência do usuário.

“Com foco na eficiência e na plena utilização dos investimentos tecnológicos, o Genial Investimentos reforça a recomendação de COMPRAR as ações do Itaú, destacando o potencial de valorização e a vantagem competitiva do banco no setor monetário”, diz o relatório. 

O preço-alvo do Genial é de R$ 43,80, baseado no fechamento de terça (2), negociando com um valuation atrativo, apresentando um P/L de 8,1x para 2025 e 7,3x para a estimativa de 2026.

Inteligência artificial

Em relação a tecnologia, o Goldman Sachs destaca que a gestão do Itaú mostrou como a experiência do cliente melhorou através do One Itaú, com alertas de segurança em relação a fraude. 

Além disso, a inteligência artificial (IA) generativa do Itaú é uma promessa forte da companhia. Chamado de Itaú Intelligence, a IA foi construída numa base de dados proprietária do banco e, portanto, não é possível de ser reproduzida por terceiros. 

“A gestão destacou que está confortável com o modelo, pois 70% dos investimentos desde o início do desenvolvimento em 2023 foram destinados a verificações de consistência e precisão nas respostas”, aponta o relatório do Goldman Sachs.

A recomendação do Goldman Sachs é de compra, com preço-alvo de 12 meses a R$ 42 (US$ 7,6/ADR), baseado no fechamento do mercado de ontem. O valor implica um potencial de upside 8%, mais dividend yield de 8%. A visão dos analistas é que o valuation da ação do banco deve negociar a 9,0x P/L em 2026.

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Autor: Victória Anhesini

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