EUA preparam retirada parcial de embaixada no Iraque por riscos de segurança


Os Estados Unidos estão preparando uma retirada parcial de funcionários de sua embaixada no Iraque e permitirão que familiares de militares deixem locais no Oriente Médio devido ao aumento dos riscos de segurança na região, informaram fontes norte-americanas e iraquianas nesta quarta-feira (11). As quatro fontes norte-americanas e as duas iraquianas não especificaram quais riscos motivaram a decisão, e o Departamento de Estado dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Os preços do petróleo subiram com a notícia da retirada parcial. O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou repetidamente atacar o Irã caso as negociações sobre seu programa nuclear fracassem e, nesta quarta-feira, afirmou estar cada vez menos confiante de que Teerã concordará em interromper o enriquecimento de urânio, uma exigência norte-americana.
O ministro da Defesa iraniano, Aziz Nasirzadeh, também declarou que o Irã retaliaria bases norte-americanas na região caso as negociações nucleares fracassem e o país fosse alvo de ataques. Os Estados Unidos mantêm presença militar no Iraque, Kuwait, Catar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos.
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O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, autorizou a saída voluntária de dependentes de militares de locais no Oriente Médio, segundo uma autoridade norte-americana. Outra autoridade afirmou que essa medida é mais relevante para os dependentes baseados no Bahrein, onde a maioria deles está localizada.
Uma terceira autoridade dos EUA informou que o Departamento de Estado deverá ordenar a saída da embaixada norte-americana em Bagdá, preferencialmente por meios comerciais, mas que as Forças Armadas dos EUA estão preparadas para auxiliar caso seja necessário. Uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores do Iraque confirmou a “retirada parcial” dos funcionários da embaixada devido a “possíveis preocupações de segurança relacionadas a tensões regionais”.
Outra autoridade norte-americana afirmou que não houve mudanças nas operações da Base Aérea de Al Udeid, no Catar, a maior base militar dos EUA no Oriente Médio, e que nenhuma ordem de retirada foi emitida para funcionários ou familiares ligados à embaixada dos EUA no Catar, que segue operando normalmente.
Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 3, sendo negociados a US$ 69,18 por barril após os relatos da retirada em Bagdá. Mais cedo, a agência marítima britânica alertou que o aumento das tensões no Oriente Médio pode levar a uma escalada na atividade militar, afetando a navegação em vias navegáveis críticas. O órgão recomendou cautela para embarcações que transitam pelo Golfo Pérsico, Golfo de Omã e Estreito de Ormuz, regiões que fazem fronteira com o Irã.
O Iraque, um raro parceiro regional tanto dos Estados Unidos quanto do Irã, abriga cerca de 2.500 soldados norte-americanos e possui facções armadas apoiadas por Teerã vinculadas às suas forças de segurança. As tensões no país aumentaram desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, com grupos armados alinhados ao Irã atacando repetidamente tropas americanas.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Reuters