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Evento com embaixadores foi marco do “entreguismo” e do plano golpista, diz Moraes

Evento com embaixadores foi marco do “entreguismo” e do plano golpista, diz Moraes

O ministro Alexandre de Moraes afirmou, nesta terça-feira (9), que a reunião do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com embaixadores, em julho de 2022, representou um dos momentos mais graves do plano para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.

Segundo ele, o evento foi “preparatório” para consolidar a narrativa de fraude em caso de derrota e contou com transmissão oficial da TV Brasil e ampla repercussão nas redes sociais, integrando a engrenagem das chamadas “milícias digitais”.

Na ocasião, Bolsonaro alegou ter “indícios de fraude” nas eleições de 2018 — mesmo pleito que o elegeu presidente — e atacou a lisura das urnas eletrônicas e a atuação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Moraes destacou que a reunião não foi ilegal em sua forma, mas em seu conteúdo, que “atentou contra a democracia e o Judiciário”.

O ministro ironizou o encontro, classificando-o como um gesto de “entreguismo nacional”. “Na verdade, talvez entre para a história como um dos momentos de maior entreguismo nacional. Os últimos acontecimentos demonstram que essa reunião foi apenas preparatória para uma tentativa de retorno à posição de colônia brasileira, só que não mais de Portugal”, afirmou, em referência à atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA para questionar as instituições brasileiras.

Para Moraes, o episódio se insere em uma cronologia de atos executórios iniciados ainda em 2021, que envolveram ministros de Bolsonaro, órgãos públicos como o GSI e a Abin e campanhas digitais contra o sistema eleitoral.

“Foi disseminada severa desordem informacional sobre o sistema eletrônico de votação e sobre ministros do STF, com a intenção clara de minar a confiança nas instituições brasileiras”, disse.

O encontro com embaixadores se tornou peça-chave também no campo eleitoral. Ele motivou uma das ações julgadas pelo TSE, que culminou na condenação de Bolsonaro à inelegibilidade por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

O julgamento em andamento

A Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, retomou na terça-feira (9) a análise da denúncia contra o chamado “núcleo crucial” da suposta trama golpista, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsável por articular medidas para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a eleição de 2022.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, rejeitou todas as preliminares arguidas pelas defesas e agora apresenta seu voto com relação ao mérito. O julgamento terá sessões extraordinárias até 12 de setembro.

Quem são os réus

Além de Bolsonaro, respondem na ação:
• Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin;
• Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
• Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
• Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
• Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
• Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
 Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, candidato a vice-presidente em 2022.

Os oito réus são acusados de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. No caso de Ramagem, parte das acusações foi suspensa por decisão da Câmara dos Deputados.

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Autor: Marina Verenicz

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