Ex-dono do Chelsea pode estar devendo R$ 7 bilhões ao Reino Unido por evasão fiscal

O oligarca russo Roman Abramovich pode estar devendo ao Reino Unido até £ 1 bilhão (cerca de R$ 7 bilhões) após uma tentativa malsucedida de evitar impostos sobre investimentos em hedge funds, segundo a BBC.

Documentos revelam que investimentos no valor de £ 4,7 bilhões foram direcionados por meio de firmas nas Ilhas Virgens Britânicas, mas a gestão desses ativos ocorreu no Reino Unido, o que implica que deveriam ter sido tributados via Londres.

Segundo a BBC, uma parte substancial dos lucros não tributados dos investimentos de Abramovich foi direcionada para o Chelsea. O bilionário comprou o Chelsea em junho de 2003, conquistando 21 títulos como dono do clube, incluindo cinco Premier League e duas Champions League.

Abramovich vendeu o Chelsea em 2022 devido a pressões políticas e econômicas decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia. Após o início do conflito, o governo britânico impôs sanções a vários oligarcas russos, incluindo Abramovich, devido aos seus supostos laços com o governo russo.

Essas sanções incluíam o congelamento de ativos e restrições financeiras, o que tornou insustentável para Abramovich manter a propriedade do clube.

Como resultado, ele decidiu vender o Chelsea, com a condição de que os lucros da venda fossem destinados a causas beneficentes, incluindo apoio às vítimas da guerra na Ucrânia. £ 2,5 bilhões permanecem em uma conta bancária congelada no Reino Unido, devido a divergências sobre como os fundos devem ser utilizados.

Os advogados do oligarca afirmam que ele “sempre obteve aconselhamento profissional independente em questões fiscais e legais” e “atuou de acordo com esse aconselhamento”.

Atualmente, Abramovich divide seu tempo entre Istambul, Tel Aviv e o resort russo de Sochi, e nega qualquer responsabilidade pessoal por impostos não pagos.

Deputados do Partido Trabalhista já pediram que o Fisco britânico investigue urgentemente o caso, afirmando que isso poderia recuperar quantias significativas que poderiam ser investidas em serviços públicos.

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