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FIIs ainda podem subir em 2025? Gestor da Canuma aponta gatilhos para novas altas

FIIs ainda podem subir em 2025? Gestor da Canuma aponta gatilhos para novas altas

Após um primeiro semestre marcado por recuperação parcial nas cotas dos fundos imobiliários, o sócio-gestor da Canuma Capital, Felipe Vaz, acredita que o mercado já corrigiu boa parte das distorções vistas no início do ano — especialmente nos segmentos de tijolo e papel, que chegaram a ser negociados em níveis considerados excessivamente descontados no fim de janeiro.

“Já houve um alívio importante nas cotações de vários fundos. Alguns preços não faziam mais sentido frente aos fundamentos”, afirmou o gestor no Liga de FIIs, programa do InfoMoney, que vai ao ar todas quarta-feiras às 18h.

Segundo ele, a valorização recente foi puxada, principalmente, pela renda distribuída — e não necessariamente por uma reprecificação estrutural dos ativos. “O IFIX renovou máximas, mas há ainda muitos fundos com preços depreciados. A recuperação está longe de ser generalizada”, pontua.

Para o segundo semestre, dois pontos estão no radar da Canuma: os desdobramentos da proposta de tributação sobre os FIIs — e em especial, a discussão sobre isenção das cotas já existentes —, e o comportamento das taxas de juros, com foco no juro real. “Apesar da queda na Selic nominal, o IPCA+ continua elevado, próximo de 7,3%. Enquanto isso não ceder, é difícil vislumbrar uma valorização mais expressiva das cotas”, analisa Vaz.

O gestor lembra que o cenário no fim de 2024 era de forte incerteza, com o mercado precificando juros prefixados de até 17%, o que afetou a atratividade dos FIIs e alimentou um sentimento de “terra arrasada”. Agora, o atual movimento positivo reflete não só o retorno dos fundamentos, mas também uma maior visibilidade quanto ao ciclo de juros. “Hoje o mercado já enxerga uma trajetória mais clara. Os juros futuros apontam que até o fim de 2026 o patamar pode ser bem diferente”, afirma.

Leia Mais: FIIs sobem até 53% no primeiro semestre; veja as principais altas e baixas do período

Apesar da expectativa positiva, o gestor alerta que o custo de oportunidade ainda pesa. “O carrego atual de instrumentos de renda fixa, com alta liquidez e risco baixo, segue muito atrativo, e em alguns casos supera o yield de fundos de tijolo”, explica. Por isso, a alocação em FIIs exige seletividade e avaliação constante. Segundo Vaz, os momentos de maior valorização no mercado de fundos imobiliários historicamente ocorreram em cenários de estabilidade e queda de juros — como entre 2016 e 2019, quando a Selic chegou a 4,5% ao ano.

Hoje, mesmo que essa taxa não esteja no horizonte imediato, uma sinalização mais clara de corte para patamares próximos a 10% já pode destravar oportunidades. “Ainda há uma desconexão entre o que o Focus projeta e o que está nos juros futuros. Quando esse gap for fechado, podemos ver uma nova pernada de valorização no mercado de FIIs”, conclui.

Confira a entrevista completa – e mais dicas – de Felipe Vaz na edição desta semana do Liga de FIIs. O programa vai ao ar todas as quartas-feiras, às 18h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.

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Autor: Vinicius Alves

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