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GM registra prejuízo de US$ 1,6 bilhão e reduz planos para carros elétricos nos EUA

A General Motors (GM), dona da Chevrolet, anunciou nesta terça-feira (14) que vai registrar um prejuízo contábil de US$ 1,6 bilhão e reduzir seus planos de investimento em carros elétricos após o governo dos Estados Unidos encerrar os subsídios e regras ambientais que vinham sustentando o crescimento do setor.

Na prática, significa que a montadora vai rever fábricas, contratos e projetos ligados aos carros elétricos, ajustando o tamanho da operação à demanda menor do mercado. Segundo documento enviado à SEC, órgão equivalente à CVM no Brasil, US$ 1,2 bilhão do valor estão ligados à redução da capacidade de produção e US$ 400 milhões a multas e rescisões contratuais.

A firma disse que essa revisão pode gerar novas perdas nos próximos trimestres, à medida que ajusta a estrutura de fábricas e fornecedores. O balanço do terceiro trimestre será divulgado na próxima semana.

Freio no otimismo

A GM havia se comprometido, em 2021, a investir US$ 35 bilhões em veículos elétricos e autônomos. Parte do dinheiro foi usada para desenvolver novas baterias e converter fábricas de carros tradicionais em plantas voltadas a modelos elétricos.

Agora, a montadora revê essa estratégia diante da desaceleração da demanda e do fim dos incentivos públicos. Segundo a consultoria Cox Automotive, as vendas de carros elétricos chegaram a 438 mil unidades no trimestre encerrado em setembro — quase 30% a mais que no ano passado. Mas esse pico se deveu à corrida de consumidores para aproveitar o crédito fiscal federal de US$ 7.500 por veículo, que expirou em 30 de setembro.

A GM vendeu 66,5 mil carros elétricos no período, destacando o Chevrolet Equinox EV como o modelo mais vendido entre os que não são da Tesla. A firma disse que os cortes não afetarão os modelos já disponíveis e confirmou o retorno do Chevy Bolt EV em 2026. Sem o incentivo, as montadoras esperam uma freada nas vendas.

Fim dos subsídios muda tudo

O fim dos incentivos e o relaxamento de metas ambientais representam uma mudança importante na política industrial dos EUA.  O governo Trump e o Congresso revogaram uma série de normas que, por décadas, exigiam ganhos de eficiência energética e reduções de emissões — regras que serviam como principal motor para a expansão dos elétricos.

A GM e a rival Ford vinham pressionando Washington por mais tempo para adaptar suas operações, alegando que os consumidores ainda não estão prontos para abandonar os carros a combustão. Com o novo cenário, as montadoras ganham fôlego para continuar vendendo modelos a gasolina, que seguem sendo os mais lucrativos.

A Ford, por exemplo, perdeu US$ 5 bilhões em sua divisão de elétricos no ano passado e cancelou o projeto de um SUV totalmente elétrico, além de adiar o lançamento de uma picape elétrica.

Tarifas elevam os custos

O ajuste nos elétricos se soma a outro problema: a GM prevê entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões em custos adicionais com tarifas de importação neste ano. Essas tarifas são resultado da política comercial americana, que encareceu componentes vindos da Ásia, especialmente da China.

A companhia disse que tentará compensar parte desse impacto com cortes de gastos e aumento da produção dentro dos Estados Unidos. “O comitê de auditoria do conselho aprovou os encargos com base em um realinhamento estratégico da capacidade de produção à demanda do consumidor”, afirmou a firma no documento enviado ao mercado.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: MarketWatch

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