Ibovespa hoje abre com todas as ações no vermelho em meio à aversão a risco global
O Ibovespa hoje operava em queda de 1,56%, às 10h20 (de Brasília) desta segunda-feira (7), aos 125.266 pontos, com todas as ações do índice no vermelho no início da sessão. As atenções do mercado estão no temor de recessão global diante da guerra comercial. Boletim Focus entra no radar da agenda econômica da semana.
As bolsas de valores internacionais enfrentam uma nova semana de cautela. O índice de ações chinês Xangai cedeu 7,34%, mas o pior desempenho foi em Tóquio. O Hong Kong sofreu a maior queda em um único pregão desde 1997, em meio a temores de que a guerra comercial deflagrada pelo tarifaço dos EUA.
O temor do mercado está espalhado pelo mundo, inclusive na Europa e em Nova York. Os índices de ações do Ocidente caem quase 5% na Europa e até 3% no mercado futuro em Nova York com o “modo pânico” ativado – veja os detalhes aqui.
As preocupações intensificadas de uma recessão mundial devido aos efeitos do tarifaço americano devem empurrar o principal índice da B3 hoje para baixo na sessão desta segunda-feira.
As commodities também devem pesar no Índice Bovespa hoje. O petróleo cai mais de 2% nesta manhã e o minério de ferro fechou em baixa de 3,29% em Dalian, na China, que promete seguir atuando contra as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“A preocupação é com retaliação à política tarifária americana, o que reforça o medo de guerra comercial e recessão no mundo. A agenda econômica também não ajudou”, diz o economista-chefe do BV, Roberto Padovani.
O dólar hoje avança ante o real, em meio à valorização externa ante moedas emergentes diante das novas perdas das commodities em meio à aversão ao risco persistente por temores crescentes de recessão nos EUA e mundial. Nesta segunda-feira, o dólar abriu em alta de 0,85%, a R$ 5,8793 – veja os detalhes da operação nesta matéria.
- Confira aqui a agenda econômica das firmas nesta segunda-feira
Ibovespa hoje: os principais assuntos desta segunda-feira
Com temor de recessão, bolsas internacionais entram no ‘modo pânico’
Não há trégua na aversão a risco diante da guerra comercial deflagrada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Os futuros de Nova York e as bolsas europeias afundam, sendo que a Bolsa de Frankfurt chegou a desabar 10% mais cedo refletindo o medo de uma recessão mundial. As ações de bancos dos EUA e da Europa operam em forte baixa.
As bolsas asiáticas também tombaram, com a de Hong Kong sofrendo a maior queda em um único pregão desde 1997. Na sexta-feira (4), Pequim anunciou tarifas de 34% a importações dos EUA, em resposta ao total de 54% de tarifas impostas por Trump e o governo chinês prepara “esforços extraordinários” para compensar os efeitos das tarifas.
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O Banco do Povo da China (PBoC, pela sigla em inglês) poderá cortar taxas de juros a qualquer momento e o governo garantiu que seguirá dando apoio para companhias estrangeiras, mesmo as americanas. Mais de 50 países já pediram negociações sobre tarifas.
No domingo (6), Trump disse que “não quebrou o mercado de propósito” e que “não pode prever” o que acontecerá com o mercado de ações.
Boletim Focus traz novas apostas para economia
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (7), os principais indicadores da economia, sendo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic – veja os detalhes aqui.
A mediana do relatório do BC para inflação brasileira em 2025 se manteve em 5,65%, ainda acima do teto da meta (4,50%). Nos anos seguintes, também houve estabilidade no IPCA: em 2026, segue em 4,50%, em 2027, 4,00% pela 7ª semana consecutiva, e para 2028, ficou em 3,78% pela 3ª semana consecutiva.
Em relação à taxa de juros brasileira, também houve estabilidade. A Selic para 2025 ficou em 15% e, em 2026, 12,50%. Já em 2027 e 2028, foram 10,50% e 10% respectivamente, segundo o boletim Focus.
Expectativas para o Ibovespa hoje
O EWZ (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação negociado em NY), que replica o desempenho das principais ações brasileiras, caía 3,31% às 8h45 no pré-mercado, sinalizando um dia de perdas fortes para o índice da b3 hoje em meio aos tombos das commodities.
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Para o Brasil, as tarifas de 10% são vistas como um cenário menos adverso, podendo até beneficiar alguns setores. Mas uma desaceleração da China ou uma recessão global não poupariam a economia brasileira.
No Congresso, o PL de Jair Bolsonaro iniciou obstrução nas votações na Câmara dos Deputados, mas não conseguiu levar a plenário o projeto de anistia aos condenados pelos atos golpistas.
Galípolo convocou no sábado uma reunião com representantes dos maiores bancos privados do País para discutir a operação entre o BRB e o Banco Master.
- CDBs do Master bombam no mercado secundário e oferecem 160% do CDI; especialistas explicam os riscos
Principal acionista do BTG, André Esteves articula apoio dos três maiores bancos privados do País – Itaú, Bradesco e Santander – para viabilizar uma solução envolvendo o Banco Master. A proposta prevê o uso de uma linha emergencial do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), e pode repercutir no Ibovespa hoje.
*Com informações do Broadcast
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Autor: Camilly Rosaboni