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Ibovespa hoje acompanha exterior e recua, com tarifas de Trump e temor sobre economia global no radar

O Ibovespa hoje acelera o movimento de perdas, em linha com os mercados internacionais, com temores de que a política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, leve a economia global a uma recessão. Às 14h01 (de Brasília), a principal referência da B3 recuava 1,65%, aos 125.159,95 pontos. Na mínima do dia, por ora, chegou a tocar o nível dos 123 mil pontos.

Durante a manhã, o índice experimentou um rápido momento de alta após notícias de que Trump estaria avaliando suspender por 90 dias as tarifas aplicadas a todos os países, exceto pela China. As falas foram atribuídas a Kevin Hassett, do Conselho Econômico Nacional dos EUA. A informação, contudo, foi desmentida por um porta-voz da Casa Branca.

Para piorar a situação, o presidente dos EUA afirmou que todas as conversas com a China sobre tarifas serão encerradas e ameaçou impor uma taxa adicional de 50% aos produtos do gigante asiático, com efeitos a partir do dia 9, se os chineses não suspenderem as tarifas retaliatórias de 34%.

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No exterior, as Bolsas de Valores registram queda. Em Nova York, os índices Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones recuavam 1,42%, 0,95% e 1,39%, respectivamente, às 14h01 (de Brasília). Na Europa, em Londres, o FTSE 100 fechou em queda de 4,38%, aos 7.702,08 pontos. Em Paris, o CAC 40 caiu 4,78%, para 6.927,12 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, despencou 5,12%, aos 11.785,80 pontos.

Em Lisboa, o PSI 20 recuou 5,63%, a 6.262,28 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, teve perda de 5,18%, aos 32.853,98 pontos. As cotações de fechamento dos índices europeus são preliminares. O DAX, principal índice da bolsa de Frankfurt, cedeu 4,26%, para 19.761,89 pontos.

Na Ásia, as bolsas desabaram, com a de Hong Kong sofrendo a maior queda em um único pregão desde 1997, enquanto o Taiex caiu 9,70% em Taiwan, a 19.232,35 pontos. Na China continental, o Xangai Composto fechou em baixa de 7,34%, a 3.096,58 pontos, amargando a maior queda em um único pregão desde fevereiro de 2020, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 10,79%, a 1.777,37 pontos — saiba mais sobre a operação geral dos mercados nesta matéria.

Por aqui, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) tombavam 5,82% por volta das 14h e lideravam as perdas do Ibovespa no dia, puxadas pelo clima de aversão ao risco. Quem também sofria eram os ativos da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3;PETR4), que possuem grande peso para o Ibovespa. Enquanto os papéis da mineradora tinham baixa de 2,52%, os ordinários e preferenciais da petroleira caíam 5,19% e 3,73%, respectivamente, em linha com a desvalorização do petróleo e do minério de ferro. Com o desempenho deste pregão, a Petrobras perde cerca de R$ 21 bilhões em valor de mercado ante o fechamento da última sexta-feira (4).

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Do lado oposto, as ações do IRB (IRBR3) subiam 3,81% e registravam a maior alta da sessão no momento. Para o sócio da Fatorial Invest, Fábio Lemos, seguradoras e firmas do setor monetário se beneficiam do cenário de juros altos, fortalecendo-as em um cenário macroeconômico difícil. A Natura (NTCO3) também se destacava no campo positivo do Ibovespa hoje e avançava 1,97% por volta das 14h. Segundo Lemos, o papel está em movimento de recuperação, uma vez que se desvalorizou muito desde a publicação do balanço monetário do quarto trimestre de 2024.

No mercado de câmbio doméstico, o dólar hoje subia 1,16%, a R$ 5,903. Na sexta-feira, a moeda americana já tinha dado um salto de 3,6% ante o real, a maior alta diária desde novembro de 2022.

*Com informações do Broadcast

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Autor: Cecília Mayrink

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