Ibovespa hoje: risco bancário nos EUA contamina mercados em meio à falas do Fed e IGP-10 no Brasil
O Ibovespa hoje acompanha a divulgação do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de outubro. Lá fora, o mercado monetário amplia temores sobre crédito e estabilidade do sistema bancário dos Estados Unidos, que penalizam as bolsas de valores internacionais.
Com a paralisação do governo dos EUA adiando a divulgação de indicadores oficiais, os mercados direcionam foco para falas de dirigentes de bancos centrais, como o presidente do Federal Reserve (Fedc, o BC americano) de St. Louis, Alberto Musalem, em evento do Instituto de Finanças Internacionais (IFF).
Antes da fala do presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, os investidores devem acompanhar declarações dos membros do Banco Central Europeu (BCE) Sharon Donnery e Joachim Nagel, da Alemanha; e do Banco da Inglaterra (BoE) , Megan Greene e Sarah Breeden.
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A agenda internacional ainda traz o dado de produção industrial dos EUA, medido pelo Federal Reserve. A American Express divulga balanço antes da abertura dos mercados.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington (EUA).
Ibovespa hoje: o que você deve ficar atento nesta sexta-feira (17)
Bolsas globais ampliam temores sobre risco bancário nos EUA
Os mercados globais operam em clima de forte aversão ao risco, com quedas generalizadas nos futuros de Nova York e nas bolsas da Europa e da Ásia, após denúncias de fraudes e perdas em bancos regionais americanos desencadearem ontem uma nova liquidação de ações do setor monetário em Wall Street e reacenderem temores sobre crédito e estabilidade do sistema bancário.
O movimento impulsiona a busca por segurança e pressiona os rendimentos dos Treasuries, enquanto o ouro renova máximas históricas. O dólar segue em baixa frente a outras moedas, refletindo apostas de novos cortes de juros pelo Federal Reserve e expectativas pelo discurso do dirigente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem — o último antes do período de silêncio que precederá a próxima decisão de juros do banco central americano, no fim de outubro.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou encontros com Vladimir Putin nas próximas duas semanas e com Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, ainda hoje. No entanto, um novo bombardeio russo, com mais de 300 drones e 37 mísseis, provocou apagões em oito regiões da Ucrânia nesta quinta-feira, incluindo Kiev, segundo autoridades locais.
Commodities em queda: veja o impacto nos ADRs de Vale e Petrobras
O petróleo cai, pressionado pelo avanço diplomático entre EUA e Rússia para discutir o fim da guerra na Ucrânia. Às 7h17, o barril do petróleo WTI para dezembro caía 1,176% na Nymex, a US$ 56.66, enquanto o do Brent para o mesmo mês recuava 1,81% na ICE, a US$ 60,34.
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Entre as commodities hoje, o minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, na China, registrou queda de 0,19% no contrato futuro para entrega em janeiro de 2026, cotado a 771 yuans, o equivalente a US$ 108,21 a tonelada.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de firmas não americanas) da Vale (VALE3) recuavam 1,43% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) mostravam estabilidade.
O que esperar do Ibovespa hoje
A aversão a risco lá fora e as quedas do petróleo e do minério de ferro devem contaminar o Índice Bovespa e as ações da Petrobras e da Vale. A mineradora fica no radar também em meio à operação de recompra de debêntures da 6ª emissão.
O dólar ante o real pode se alinhar à valorização externa frente às moedas emergentes devido ao aumento do risco bancário americano e às perdas das commodities, enquanto os juros futuros — em especial as taxas mais longas — podem subir por cautela com as contas públicas e incertezas sobre a meta fiscal de 2026.
Em relação às negociações do tarifaço dos EUA, o chanceler Mauro Vieira classificou como positiva a reunião com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington. Ele destacou a construção de uma agenda conjunta e o interesse em um encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump ainda neste mês. Segundo o USTR, o diálogo foi muito positivo e houve acordo para agendar a reunião presidencial o quanto antes.
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Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a criação, em até 30 dias, de um conselho para minerais críticos e confirmou reunião com o secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, no fim de outubro, no Canadá, para alinhar políticas do setor.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
*Com informações de Silvana Rocha e Maria Regina Silva, do Broadcast
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Autor: Camilly Rosaboni
