Ibovespa na semana: Marfrig (MRFG3) afunda 7,39% com decisão da CVM; Embraer (EMBR3) salta mais de 9%
O Ibovespa caiu 0,07% na semana, passando de 137.212,63 pontos para 137.115,83 pontos. A semana foi marcada pela decisão de juros no Brasil – o Comitê de Política Monetária (Copom) subiu a taxa básica de juros do País, conhecida como “Selic”, para 15% ao ano. Este é o maior patamar desde junho de 2006 e cravou uma visão mais dura do Banco Central em relação ao combate à inflação – e isso gerou reprecificação nos mercados. “Penalizando ações sensíveis ao ciclo econômico, como varejistas e bancos”, registrou a Ágora Investimentos, em relatório.
No exterior, permaneceram as incertezas trazidas pelos conflitos armados no Oriente Médio e as tensões comerciais entre EUA e China. Diante dos impasses, as bolsas globais não seguiram viés único. Em Nova York, S&P 500 caiu 0,15%, enquanto Dow Jones e Nasdaq subiram 0,02% e 0,21%, respectivamente. Já o dólar e o euro caíram -0,3% e -0,61% frente ao real na semana, atingindo os R$ 5,52 e R$ 6,36, respectivamente.
As maiores altas da semana
As três ações que mais valorizaram na semana foram Embraer (EMBR3), Direcional (DIRR3) e Tim (TIMS3).
- Embraer (EMBR3): 9,17%, R$ 72,53
Os papéis da Embraer decolaram 9,17% na semana e atingiram o patamar de R$ 72,53. A alta aconteceu na esteira de novas encomendas de aeronaves firmadas pela firma. Por exemplo, o recebimento do pedido da SkyWest (SKYW) para a compra de 60 aeronaves, com opção para 50 jatos adicionais (leia mais nesta reportagem).
A EMBR3 está em alta de 10,75% no mês. No ano, acumula uma valorização de 29,22%.
- Direcional (DIRR3): 6,82%, R$ 42,15
As ações da Direcional subiram 6,82% na semana, aos R$ 42,15. Um relatório positivo do Safra, que vê a companhia bem posicionada no setor, foi gatilho para a performance.
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A DIRR3 está em alta de 3,66% no mês. No ano, acumula uma valorização de 66,4%.
- Tim (TIMS3): 4,67%, R$ 21,52
Considerada mais defensiva, a Tim surfou a semana de volatilidade com ganhos de 4,67%. Os papéis agora estão negociados a R$ 21,52.
A TIMS3 está em alta de 10,42% no mês. No ano, acumula uma valorização de 58,24%.
As maiores baixas da semana
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram Cosan (CSAN3), Usiminas (USIM5) e Marfrig (MRFG3).
- Cosan (CSAN3): -10,34%, R$ 7,28
As ações da Cosan cederam 10,34% na semana e fecharam o período cotadas a R$ 7,28. Cíclica, os papéis foram impactados pela diminuição do volume na Bolsa brasileira nesta emenda de feriado, visto que somente nesta sexta (20), os papéis caíram 9%.
A CSAN3 está em baixa de -11,54% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -10,78%.
- Usiminas (USIM5): -7,76%, R$ 4,40
Os papéis da Usiminas foram penalizados pelo rebaixamento feito pelo Itaú BBA. A instituição financeira atualizou a recomendação para USIM5 de compra para neutro. Com isso, as ações cederam 7,76% na semana e atingiram R$ 4,40.
A USIM5 está em baixa de -15,38% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -17,29%.
- Marfrig (MRFG3): -7,39%, R$ 23,32
A notícia de que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) adiou por 21 dias a assembleia que votaria a fusão entre Marfrig e BRF impactou os papéis dos frigoríficos. As ações da Marfrig cederam 7,39%, aos R$ 23,32, consolidando a terceira pior performance do Ibovespa na semana. Já a BRF caiu menos e fechou o período com desvalorização de 1%.
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A MRFG3 está em baixa de -8,23% no mês. No ano, acumula uma valorização de 36,93%.
*Com Estadão Conteúdo
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Autor: Jenne Andrade