Ibovespa recua e mercados têm queda generalizada com tensão geopolítica; petróleo dispara

Os mercados internacionais operam sob forte aversão ao risco nesta sexta-feira, após os ataques de Israel a instalações nucleares no Irã, que elevaram significativamente o temor de um conflito de grandes proporções no Oriente Médio. A escalada geopolítica impulsionou os preços do petróleo, que chegaram a subir 10% no intraday, e elevou o índice de volatilidade VIX em Wall Street. As bolsas na Ásia, Europa e Estados Unidos recuam, enquanto os juros dos Treasuries avançam, também influenciados por dados robustos de confiança do consumidor nos EUA. O ouro e o dólar se valorizam globalmente, refletindo a busca por ativos considerados seguros.

No Brasil, o Ibovespa recua, pressionado pela queda de ações cíclicas e pela valorização do dólar frente ao real, em um movimento que reflete tanto o ambiente externo quanto as incertezas fiscais domésticas. A disparada do petróleo impulsiona os papéis da Petrobras e de outras petroleiras, mas não é suficiente para sustentar o índice, que também sofre com a queda de Vale e dos grandes bancos. Os juros futuros sobem, especialmente nos vencimentos mais longos, diante da percepção de que o Copom pode optar por manter ou até elevar a Selic na próxima reunião, em meio à pressão inflacionária e ao frágil cenário fiscal. Por volta das 13h30, o Ibovespa caía 0,25%, aos 137.459 pontos, enquanto o dólar avançava 0,14%, cotado a R$ 5,55.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque positivo do dia fica com as petroleiras, impulsionadas pela valorização da commodity. Petrobras, PetroReconcavo e Prio figuram entre as maiores altas, acompanhadas por Suzano, que avança após recomendação de compra por parte de uma instituição estrangeira. No campo negativo, firmas ligadas ao consumo doméstico, como CVC, Magazine Luiza e Yduqs, recuam com força, refletindo o avanço dos juros futuros e a migração de investidores para ativos mais defensivos. Bancos realizam lucros após altas recentes, enquanto a B3 recua diante do impacto da maior tributação sobre lucros.

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