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Ibovespa sucumbe à inflação dos EUA, volta a 128 mil pontos e nem IPCA e PETR4 salvam

Hoje, o destino do Ibovespa estava selado antes mesmo da abertura. Com os EUA anunciando uma inflação de março ao consumidor (CPI) mais forte do que o esperado, logo de manhã, o chão sumiu debaixo dos pés dos investidores e o que se viu foi um desmoronar dos ativos. O principal índice em São Paulo caiu 1,41%, aos 128.053 pontos, uma perda considerável de mais de 1,8 mil pontos. O CPI derrubou também os índices em Wall Street. Uma degringolada geral.A preocupação central é saber, agora, quando o Federal Reserve vai começar o ciclo de queda de suas taxas de juros. A chance de baixa de juros em junho caiu de 50% para 19% após dados de inflação, segundo a ferramenta do CME.Andressa Durão, economista ASA Investments,  avalia que a surpresa no CPI leva a revisões altistas no PCE (o índice de inflação preferido do Fed para fins de política monetária), embora os itens que contribuíram para a alta desse primeiro indicador de março não pressionem tanto o segundo indicador, que será divulgado no final do mês. Para ela, a inflação ao produtor (PPI), que será divulgada amanhã, trará informações mais precisas sobre a inflação dos cuidados de saúde no mês, alterando as projeções para o PCE. Assim, ela também acha que o dado de hoje reduz muito as chances de um corte de juros pelo Fomc na reunião de junho: “ainda temos alguns dados de inflação até lá; mas, mesmo que venham baixos, não devem ser suficientes para deixar o Fed confortável em iniciar o ciclo de queda”.Juliano Camargo, economista da AZ Quest, concorda, e destaca que a narrativa das duas últimas reuniões do Fed de que o processo de normalização monetária poderia começar ainda no primeiro semestre não foi corroborada pelos indicadores de inflação e mercado de trabalho. Ele apresenta um quadro ainda mais pessimista: “a queda nos juros deve ser postergada para o segundo semestre, se é que acontece ainda esse ano, dado que vários diretores do banco central americano já voltaram a aventar novas altas caso os dados se mostrem menos favoráveis, como inflação persistentemente mais alta”.Até mesmo o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, torceu o nariz para os números norte-americanos, que classificou como “bastante ruins”. “As circunstâncias externas, dado que o grande padrão de liquidez mundial está baseado no que acontece com a taxa de juros norte-americana… eu diria que em termos de taxa de juro americana, mudou tudo”, referindo-se às perspectivas de que o ciclo de corte lá pode não iniciar em junho.Na falta de uma notícia ruim, ainda teve a ata do Fomc, sobre a reunião de março. Tida como uma ata velha, desatualizada, devido ao CPI divulgado hoje, o documento não apresentou nenhuma brecha para otimismo aos investidores.No Brasil, pelo menos, houve algum respiro, alguma boa notícia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador de inflação oficial do País, desace  

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