Imagens de satélite revelam crateras após ataque dos EUA a instalação nuclear no Irã


Uma análise de imagens de satélite obtidas pela CNN mostra seis crateras de grande proporção no entorno da usina nuclear de Fordow, no Irã, após o ataque realizado pelos Estados Unidos na noite de sábado (21).
O bombardeio, segundo autoridades americanas, foi conduzido com bombardeiros furtivos B-2 e utilizou bombas anti-bunker, projetadas para penetrar camadas profundas de rocha antes da detonação.
As crateras estão distribuídas em dois pontos distintos da crista montanhosa que cobre a instalação, considerada um dos locais mais protegidos do programa nuclear iraniano. A área, segundo analistas, é de difícil acesso e foi construída com o objetivo de resistir justamente a esse tipo de ofensiva.

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As imagens foram captadas pela firma americana de satélites Maxar Technologies, que identificou alterações significativas na coloração da encosta montanhosa que cobre a usina. A análise preliminar aponta que uma vasta área foi coberta por uma camada de cinzas, resultado das explosões de alta intensidade.
Apesar da confirmação visual das crateras, o nível de destruição da estrutura subterrânea de Fordow ainda não foi confirmado. A usina opera com 2.700 centrífugas e é capaz de enriquecer urânio a 60% de pureza, grau considerado próximo do necessário para fins armamentistas.
Segundo estimativas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a estrutura foi construída a 90 metros de profundidade, o que exigiria precisamente o tipo de bomba utilizada na operação americana.
Escalada de tensões
O ataque a Fordow fez parte de uma ofensiva mais ampla, autorizada pelo presidente Donald Trump, que também incluiu as instalações de Natanz e Isfahan. A ação foi uma resposta ao aumento da tensão entre Israel e Irã, após semanas de ataques e contra-ataques entre os dois países — que culminaram com a retaliação iraniana a cidades israelenses.
Segundo o Departamento de Defesa dos EUA, o objetivo da operação era neutralizar o núcleo do programa nuclear iraniano, sem visar civis ou tentar provocar uma mudança de regime em Teerã. De acordo com o governo americano, mais de 14 bombas penetradoras foram utilizadas em Fordow.
A decisão de bombardear diretamente uma instalação nuclear subterrânea representa uma escalada sem precedentes na política externa americana em relação ao Irã, e foi classificada por Trump como um “marco histórico”.
A resposta do Irã e a preocupação global
Autoridades iranianas confirmaram os ataques, mas minimizaram os efeitos sobre a população civil e afirmaram que não há risco para os moradores de Qom, cidade próxima à usina. O governo do Irã ainda não divulgou avaliação técnica sobre o nível de comprometimento da infraestrutura nuclear atingida.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou estar “profundamente alarmado” com a escalada militar e advertiu sobre as possíveis consequências globais caso a situação saia do controle. “Não há solução militar. O único caminho é a diplomacia”, afirmou.
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Autor: Marina Verenicz