Inflação mais baixa nos EUA anima bolsas e reforça cenário de corte de juros
A tão aguardada inflação ao consumidor de setembro dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) foi divulgada na manhã desta sexta-feira (24), com atraso de quase dez dias por causa do danado do shutdown. E adivinha só? Veio com um gostinho especial – abaixo que o mercado esperava – o que reforça a narrativa de cortes de juros na maior economia do mundo.
O CPI subiu 0,3% em setembro, ante 0,4% em agosto. O consenso dos analistas era de 0,4%. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 3%, um pouquinho abaixo dos 3,1% esperados.
O núcleo do índice, que exclui itens voláteis como alimentos e energia – e é o que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) mais observa nas decisões de política monetária – subiu 0,2%, também abaixo da expectativa de 0,3%. Em 12 meses, ficou em 3%, frente a uma previsão de 3,1%.
“Isso abre espaço para que o Fed possa cortar mais juros e isso impulsiona o mercado, fazendo aquela velha história, né? Quando corta juros, o custo de capital cai, as firmas têm um potencial de lucro maior e por isso os investidores tomam risco”, disse Gabriel Mollo, analista de investimentos da Daycoval Corretora.
Na próxima quarta-feira (29), os membros do Fed se reúnem para decidir o novo patamar. Segundo a ferramenta CME FedWatch, que mede as expectativas, 96% dos agentes apostam em um corte de 0,25 ponto percentual.
Como os mercados reagiram
Um CPI abaixo do consenso costuma animar os mercados – e hoje não foi diferente. Por volta das 11h, os principais índices de ações dos EUA operavam em alta: o S&P 500 subia 0,73%, o Nasdaq avançava 0,97% e o Dow Jones ganhava 0,87%.
Aqui no Brasil, o Ibovespa, que já vinha embalado nos últimos dias, abriu em alta de 0,93%, aos 147.080 pontos.
Por outro lado, o bitcoin (BTC), que levantou animado na faixa dos US$ 111 mil, recuou um pouco, sendo negociado a US$ 110 mil.
Já o DXY – índice que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas fortes – caía 0,15%, a 98,789 pontos. Contra o real, o dólar recuava 0,35%, a R$ 5,3672.
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Autor: Lucas Gabriel Marins