Investir em igualdade de gênero pode gerar trilhões em retornos, aponta estudo do UBS
Investir com foco na igualdade de gênero não é só uma questão social, mas também uma oportunidade financeira. É o que mostra o estudo Gender-lens Investiment – The state of women in 2025 (na tradução, Investimento com perspectiva de gênero – A situação das mulheres em 2025), do banco de investimentos suíço UBS.
Apesar de as mulheres acumularem 74% da riqueza dos homens ao longo da vida ou ainda receberem 20% da renda masculina, o estudo da UBS aponta números da Nielsen estimando que em cinco anos elas vão controlar 75% dos gastos familiares no mundo.
- Maternidade reduz em 20% a remuneração na carreira da mulher (link da correlata)
- Número de bilionárias no mundo cresceu 81% em uma década (link da correlata)
- Mulheres já controlam 32% da riqueza privada global (link da correlata)
Para as estrategistas Antonia Sariyska e Amantia Muhedini, responsáveis pelo estudo, fechar a lacuna de gênero na participação da força de trabalho e em cargos de gestão poderia adicionar US$ 7 trilhões ao PIB global.
Esse valor aumentaria para US$ 22 trilhões a 28 trilhões se a igualdade de gênero fosse plenamente alcançada. “Esses ganhos econômicos potenciais têm chamado a atenção de governos e economistas, que buscam novas estratégias para ampliar o papel das mulheres na sociedade”, observam.
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Com mulheres ganhando mais espaço no controle de patrimônio, entender esse movimento pode gerar retornos consistentes e impacto real, apontam as especialistas.
Mulheres estão mais ricas do que nunca
As mulheres nunca foram tão ricas, em média, como são hoje. Em 2020, estimava-se que 32% da riqueza privada global já estava em suas mãos. Atualmente, há 344 bilionárias no mundo, controlando US$ 1,7 trilhão, com seus ativos crescendo mais rápido do que os dos homens.
Maior expectativa de vida e avanços na inclusão financeira indicam que essa tendência deve continuar. Nos EUA, espera-se que as mulheres administrem US$ 34 trilhões (38% da riqueza do país) até o final da década, um salto em relação aos US$ 10 trilhões de 2020. Além disso, cerca de US$ 9 trilhões serão transferidos entre cônjuges nos próximos 20 a 25 anos, e um valor semelhante será passado para a próxima geração, principalmente filhas e netas.
Aporte com enfoque de gênero
A “alocação com enfoque de gênero (Gender-lens Investment)” pode impulsionar o crescimento econômico global e reduzir desigualdades ao financiar negócios liderados por mulheres, ampliar a inclusão financeira e investir em setores essenciais como educação e saúde feminina.
No estudo as especialistas dividem esse conceito em três áreas: investimento para mulheres, em mulheres e por mulheres. Esses eixos representam o fluxo de capital que se cruzam com quatro setores interligados que impulsionam mudanças: educação, saúde, inclusão financeira e patrimônio, e empreendedorismo.
“Os investimentos em mulheres representam, em nossa visão, a oportunidade mais escalável e diversificada, pois permitem exposição a diversos setores, regiões e tipos de firmas”, defendem as autoras.
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Autor: Redação E-Investidor