Itaú BBA estima queda no lucro da Hapvida (HAPV3) no 2º tri e corta preço-alvo da ação
Os analistas do Itaú BBA cortaram o preço-alvo para a ação da Hapvida (HAPV3) de R$ 63,50 para R$ 62 para o fim de 2025. A mudança acontece após o banco divulgar suas projeções para o balanço da companhia no segundo trimestre de 2025, com o lucro da firma chegando a R$ 246 milhões no período, queda de 30,7%. A informação foi divulgada em relatório enviado à imprensa nesta quinta-feira (3).
O BBA calcula que o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da companhia de saúde deve cair 7,7% na comparação entre o segundo trimestre de 2025 e o segundo trimestre de 2024. Os especialistas enxergam reduções menos significativas no Índice de Sinistralidade Médica (MLR, na sigla em inglês) à medida que a firma investe em ganhos de eficiência para ter menores aumentos de preços para estimular o seu crescimento.
No entanto, mesmo com menor perspectiva de redução da sinistralidade e queda do Ebitda e do lucro no ciclo de abril a junho, os analistas dizem que a seguradora de saúde possui uma tese de investimentos atraente para o longo prazo. O primeiro ponto que anima o trio de analistas é o foco da companhia em reduzir o número de processos judiciais.
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“A firma vem aprimorando consistentemente suas ferramentas para identificar reivindicações que provavelmente resultarão em depósitos judiciais. Muitas dessas reivindicações envolvem desembolsos monetários mais pesados em comparação com o custo do tratamento em sua rede hospitalar, o que fez a Hapvida compreender que é melhor arcar com esse custo”, explicam Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini e Felipe Amâncio, que assinam o relatório do Itaú BBA.
Queda das ações judiciais pode alavancar lucro da Hapvida em 2026
Desse modo, à medida que a firma resolver e diminuir os números de ações judiciais contra a Hapvida, eles preveem melhorias de margem no curto e médio prazo, juntamente com a diluição das despesas da Hapvida. Ou seja, se para o período de abril a junho a perspectiva é de queda no lucro da Hapvida, para 2026, o banco projeta crescimento dos ganhos com a baixa de disputas judiciais.
“Projetamos que a firma apresente um crescimento de lucros de 45% em 2026 e um rendimento de Fluxo de Caixa Livre de 11%. As ações HAPV3 estão sendo negociadas a uma avaliação atraente na métrica Preço sobre Lucro (P/L), que tende a ser de 7 vezes para 2026”, argumentam Figueiredo, Marquezini e Amâncio. O múltiplo (P/L) mostra quantos anos o investidor deve esperar para o retorno do investimento realizado.
Diante desses fatores, o Itaú BBA manteve a classificação das ações da Hapvida (HAPV3) como outperform. A indicação significa que o ativo terá desempenho acima da média do mercado e é equivalente à recomendação de compra. O novo preço-alvo, de R$ 62, projeta uma alta de 79,5% para o papel na comparação com o fechamento de quarta-feira (3), quando a ação encerrou o pregão a R$ 34,53.
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Autor: Bruno Andrade