Itaú BBA mira ação da B3 a R$ 15,50 neste ano com giro em alta e eleição no radar


O Itaú BBA aumentou a projeção de preço-alvo para as ações da B3 (B3SA3) de R$ 14 para R$ 15,50 (alta de 6%) ao final deste ano, mantendo recomendação de compra. A decisão foi tomada após a divulgação dos números do primeiro trimestre e com base em dados mais recentes que apontam melhora no volume de negociações.
Para os analistas do banco, o conjunto de informações disponíveis abre espaço para ganhos adicionais, especialmente se houver alívio nas condições macroeconômicas. Mesmo com múltiplos mais altos do que a média histórica, o papel ainda apresenta espaço para valorização, com base na expectativa de pagamento de dividendos em torno de 7% e na diversificação das receitas operacionais da companhia.
A média diária de negociação em ações (ADTV, na sigla em inglês para Average Daily Trading Volume) subiu para R$ 27,7 bilhões no segundo trimestre deste ano, acima dos R$ 25 bilhões observados entre janeiro e março. Segundo os analistas do Itaú BBA, essa elevação foi influenciada tanto pela recuperação nos preços de firmas listadas quanto pela maior rotatividade de ativos.

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O mercado de derivativos também teve desempenho mais positivo no trimestre, apesar da redução na receita por contrato. O avanço das receitas em produtos de renda fixa e o desenvolvimento de novas linhas de negócio ajudam a sustentar a expectativa de expansão entre 5% e 10% no acumulado do ano.
Os analistas chamam atenção para a influência do calendário eleitoral sobre o mercado acionário brasileiro. Estudos da equipe indicam que, historicamente, os volumes de negociação crescem de forma acentuada em outubro dos anos de eleição. O giro médio nesse mês costuma ser entre 30 por cento e 50 por cento maior que a média dos 12 meses anteriores, movimento puxado principalmente por investidores institucionais e estrangeiros, que juntos representam mais de 80 por cento do volume total negociado.
Já os investidores pessoas físicas tendem a participar de forma menos ativa, como ocorreu em 2022. Na ocasião, o ambiente de juros elevados pode ter reduzido o apetite por risco por parte do varejo, o que pode voltar a acontecer em 2026, caso o nível de juros se mantenha alto.
Mesmo com ajustes nas projeções, os analistas seguem com expectativa positiva. O lucro líquido recorrente projetado para este ano é de R$ 5,2 bilhões, número 10% superior ao de 2024. Esse percentual pode chegar a 12% com os efeitos de benefícios fiscais. A relação entre o preço da ação e o lucro estimado (P/L) está em 14,4 vezes, alinhada à média observada nos últimos anos. Em relação a outras bolsas no exterior, a B3 ainda negocia com valor de mercado cerca de 50% menor, o que pode atrair investidores em busca de firmas que estejam com desconto.
Na avaliação do Itaú BBA, a firma também se beneficia de um ambiente competitivo menos agressivo do que outras companhias do setor. O banco diz que, enquanto a XP enfrenta mais exposição a disputas de preço e concorrência em múltiplas frentes, a B3 opera com menor pressão nesse aspecto, o que pode favorecer sua performance nos próximos trimestres, especialmente entre os investidores institucionais.
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Autor: murilomelo