Janela partidária: PT e PL reforçam polarização, MDB e PSD ganham peso e PSDB afunda

PublicidadeA “dança das cadeiras” que marcou a reta final da chamada “janela partidária”, com idas e vindas de políticos que pretendem disputar cargos eletivos no pleito de outubro deste ano, reforçou uma tendência que já vinha se consolidando no tabuleiro político brasileiro nos últimos anos: a forte polarização entre o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.Além de engordarem suas bancadas em importantes cidades do país, as duas legendas conseguiram atrair lideranças locais em municípios estratégicos e devem se enfrentar em pelo menos 12 capitais brasileiras nas eleições de 2024. Apenas em março, período em que a “janela” esteve aberta, duas dezenas de pré-candidatos a prefeituras nas 26 capitais do país (em Brasília, não há eleição municipal) mudaram de partido.A “janela” se fechou na sexta-feira (5), com o fim do período no qual vereadores poderiam trocar de legenda sem o risco de perderem seus mandatos – que teve início em 7 de março. De acordo com a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), somente são admitidos no processo candidatos vinculados a partidos políticos e que possuam domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pela qual pretendem participar da disputa, com antecedência de 6 meses. O primeiro turno das eleições municipais deste ano está marcado para o dia 6 de outubro.
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No cenário atual, o PT de Lula e o PL de Bolsonaro devem se enfrentar em capitais como Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Curitiba (PR), Manaus (AM), Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Aracaju (SE), Florianópolis (SC) e Vitória (ES). Com as novas adesões na “janela” e uma meta ambiciosa de eleger mais de mil prefeitos em todo o país, o PL já conta com pré-candidaturas em 19 das 26 capitais. No mês passado, o partido conseguiu filiar representantes para se lançarem em Florianópolis, Rio Branco (AC), Campo Grande e Aracaju.Uma das principais novidades foi a chegada do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que deixou o PP rumo à sigla de Bolsonaro após desentendimentos com o governador do estado, Gladson Camelli (PP). Em Florianópolis, a legenda atraiu o ex-deputado estadual Bruno Souza, que estava no Partido Novo. Em Campo Grande, o nome à prefeitura deve ser o do ex-deputado estadual Rafael Tavares. Em Aracaju, o PL pretende lançar a vereadora Emília Corrêa.O PT, por sua vez, apostou na força do governo federal para atrair nomes estratégicos em algumas capitais do país. Em Manaus, em uma articulação capitaneada diretamente por Lula, o ex-deputado federal Marcelo Ramos, que estava no PSD, desembarcou nas fileiras petistas e deve ser o nome do partido para disputar a sucessão