Maior concorrente de “Ainda Estou Aqui” enfrentou polêmicas de “Emilia Pérez”, veja


O filme brasileiro Ainda Estou Aqui concorre a três estatuetas no Oscar 2025 na cerimônia deste domingo (2). Entre seus principais concorrentes está Emilia Pérez, produção francesa que estreou com grande aclamação no Festival de Cannes e recebeu 13 indicações à premiação — um feito histórico que a coloca como líder da edição.
No entanto, nas últimas semanas, o longa dirigido por Jacques Audiard tem enfrentado uma série de controvérsias que podem comprometer suas chances de vitória.

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Postagens polêmicas de Karla Sofía Gascón
A atriz Karla Sofía Gascón, que interpreta a protagonista de Emilia Pérez e fez história ao se tornar a primeira atriz trans indicada ao Oscar, viu sua campanha ser abalada após postagens antigas virem à tona. A atriz acumulava diversas publicações ofensivas de Gascón na rede X (ex-Twitter), abordando temas sensíveis como o assassinato de George Floyd, o Islã e críticas à própria premiação do Oscar em 2021.
Diante da repercussão negativa, Gascón apagou sua conta na plataforma, pediu desculpas e concedeu uma entrevista à CNN en Español sem a autorização da Netflix, que optou por se distanciar da atriz, removendo-a de materiais promocionais. O diretor Jacques Audiard também criticou as declarações da artista, classificando-as como “indefensáveis” e alegando que ela estaria adotando uma “postura autodestrutiva”.
A polêmica se intensificou em um momento crucial, entre 11 e 18 de fevereiro, período de votação final do Oscar. Enquanto Emilia Pérez conquistou prêmios no Critics Choice Awards, o filme não teve o mesmo sucesso nas cerimônias do Sindicato dos Diretores (DGA) e do Sindicato dos Produtores (PGA), onde saiu de mãos vazias.
Recepção negativa no México
A abordagem do tráfico de drogas em Emilia Pérez também gerou controvérsia no México, onde a violência ligada ao narcotráfico já deixou mais de 400 mil mortos desde 2006. Para críticos locais, o filme banaliza a realidade do crime organizado no país.
Além disso, a falta de talentos mexicanos na produção levantou questionamentos. Entre os protagonistas, apenas Adriana Paz é mexicana, e grande parte do filme foi gravada em estúdios franceses. A escolha do elenco gerou ainda mais polêmica quando a diretora de elenco, Carla Hool, afirmou que os testes realizados no México e na América Latina foram baseados apenas no talento dos candidatos, independentemente da nacionalidade.
A escalação de Selena Gomez para interpretar uma personagem mexicano-americana também foi alvo de críticas, principalmente devido ao seu forte sotaque ao falar espanhol, o que levou a memes e reclamações nas redes sociais.
Declarações polêmicas de Jacques Audiard
O próprio diretor do filme, Jacques Audiard, contribuiu para o desgaste da produção ao fazer declarações controversas. Em uma entrevista, admitiu que não realizou pesquisas aprofundadas sobre o narcotráfico no México, alegando que já possuía conhecimento suficiente para criar a narrativa. Além disso, uma fala antiga sua ressurgiu nas redes, na qual descreve o espanhol como “uma língua de países em desenvolvimento, humildes, de pobres, de migrantes”.
Diante da repercussão negativa, Audiard pediu desculpas e afirmou que tentou tratar o tema com sensibilidade. No entanto, suas justificativas não impediram o desgaste da imagem do filme junto ao público latino-americano.
Críticas da comunidade LGBTQ+
Outro ponto de controvérsia em Emilia Pérez foi a recepção negativa da comunidade LGBTQ+. A organização GLAAD, que defende os direitos de pessoas LGBTQ+, criticou o longa, classificando-o como um “retrocesso na representação trans no cinema”. Segundo a entidade, a narrativa do filme reforça estereótipos problemáticos, como o uso de deadnaming (citar o nome de nascimento de uma pessoa trans) e a forma como a transição da protagonista é retratada.
Impacto nas chances do Oscar
As controvérsias envolvendo Emilia Pérez criaram um cenário incerto para a premiação. Inicialmente apontado como favorito em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz Coadjuvante (Zoe Saldaña), o longa agora enfrenta resistência por parte da crítica e do público.
Com isso, a disputa entre o filme francês e Ainda Estou Aqui ganha novos contornos na noite do Oscar 2025, tornando a cerimônia ainda mais imprevisível.
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Autor: Marina Verenicz