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Menos de 1% dos usuários da Serasa têm nota 1000 no score; veja como aumentar pontuação

Manter um bom score de crédito faz a diferença na vida de quem planeja contratar um empréstimo em banco ou então conseguir um novo cartão. No entanto, alcançar a pontuação máxima desse indicador pode ser um grande desafio. Para se ter uma ideia, entre os 93 milhões de usuários da Serasa, apenas 700 mil possuem a nota 1000 no score — o que equivale a apenas 0,75% do total.

Mas a firma acredita que uma nova solução pode ajudar mais pessoas a atingirem a pontuação financeira máxima. Trata-se do “Score em Tempo Real”, que permite aumentar a nota de crédito dos consumidores em poucos segundos. Para isso, eles precisam negociar dívidas usando o Pix no site ou aplicativo da Serasa. Outras formas de pagamento não possibilitam a atualização nessa velocidade.

“Nos modelos anteriores e no mercado como um todo, após o pagamento de uma dívida, o consumidor levava até 11 dias úteis para ter aquela dívida retirada do nome dele e o score sensibilizado. Agora, ao negociar a dívida com Pix na Serasa, o score é alterado em tempo real”, explica Wesley Brandão, especialista da Serasa.

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Além dessa nova possibilidade, a firma também alterou a forma como calcula a nota de crédito do consumidor. Fatores como hábitos de pagamentos registrados no Cadastro Positivo (banco de dados monetários dos cidadãos), relacionamento com o mercado e ausência ou não de dívidas terão maior peso, contribuindo com 29%, 24% e 21% da nota, respectivamente. Outras questões consideradas no cálculo incluem busca por crédito (12%), informações cadastrais (8%) e contratos (6%).

Segundo Brandão, esse modelo reflete melhor as ações do dia a dia do consumidor, como a pontualidade de seus pagamentos. Outra novidade é a possibilidade de conectar a conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) à Serasa. Com isso, o birô de crédito consegue ter maior conhecimento sobre a vinda financeira de uma pessoa. O mesmo vale para a conexão de contas bancárias à plataforma, função que já era permitida antes da nova atualização.

Brandão explica que, ao realizar essas conexões, o score do consumidor pode aumentar. “O cálculo passa a considerar os investimentos da pessoa e as transações que ela realiza em sua conta. A conexão com o FGTS também calibra melhor a verificação da renda do usuário, mostrando que ele tem um contrato de trabalho ativo, por exemplo.”

Muitos, no entanto, podem se questionar se é seguro compartilhar essas informações com a firma. Sobre essa questão, a Serasa pontua que segue todas as políticas de segurança estabelecidas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). O birô de crédito também afirma cumprir as normas ISO – certificações internacionais que tratam sobre segurança e gestão de informação.

O que faz o score aumentar?

Quem deseja ampliar o seu score de crédito precisa honrar compromissos monetários. “É como avançar em níveis. Quanto mais você quita suas dívidas crescentes em dia, mais limite de crédito recebe, e honrando seus compromissos pontualmente, você ganha mais score”,  explica Gabriel Jacques, CEO da Ibratan, firma de gerenciamento de risco de crédito.

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Dessa forma, o primeiro passo é pagar as contas em dia e manter um bom relacionamento com o mercado monetário, o que inclui utilizar o crédito de forma responsável. O uso do limite do cartão de crédito e do cheque especial, portanto, deve ser moderado, evitando comprometimento excessivo da renda.

Outro ponto importante é atualizar os dados cadastrais em birôs de crédito como a Serasa. Essas firmas reúnem uma série de informações sobre o histórico monetário dos consumidores. “Um erro comum é não deixar os dados atualizados. Se você teve um aumento salarial, por exemplo, vale a pena atualizar essas informações, porque isso mostra que você melhorou a sua capacidade de pagamento”, afirma Igor Gondim, professor do curso de Administração da ESPM.

Na hora de tentar aumentar o score de crédito, muitos podem se questionar sobre a real importância desse indicador. Como o próprio nome sugere, ele é um critério relevante para instituições financeiras e firmas concederem crédito. Um score alto pode facilitar a obtenção de empréstimos, financiamentos e cartões de crédito com melhores condições, incluindo juros mais baixos e limites maiores. Já um score baixo pode dificultar o acesso ao crédito ou resultar em condições menos vantajosas.

O que faz o score cair?

Para Jacques, CEO da Ibratan, o erro mais comum é deixar uma dívida ser negativada, ou seja, inscrita pelo credor em um birô de crédito. “Não há nada pior do que isso. O seu nome tem que estar limpo o tempo todo para ter um score alto. Se for obrigatório atrasar uma conta, que se resolva o quanto antes, para que o processo de cobrança não se transforme em negativação, protestos ou ações judiciais”, diz.

Qualquer inadimplência, mesmo de valores baixos, pode reduzir significativamente a pontuação de crédito, na visão de Marcelo Fraga, gerente de riscos da Unicred. Ele também aponta que usar constantemente o limite total do cartão de crédito pode sinalizar risco para as instituições financeiras, diminuindo assim o score do consumidor.

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Outro ponto está relacionado aos bancos em que os clientes têm contas. “Fechar contas bancárias ou cartões de forma abrupta também pode impactar negativamente a nota, pois reduz o tempo médio do relacionamento com instituições financeiras, um fator relevante na pontuação”, explica Fraga.

Até mesmo o modelo de trabalho de uma pessoa pode interferir em sua nota de crédito. Profissionais que demonstram renda estável ou gradualmente crescente ganham pontos. Já trabalhadores informais têm maiores dificuldades em subir o seu score, pois não são amparados pelo FGTS, por exemplo.

A idade é outro fator que influencia na pontuação. Os jovens costumam ter um score mais baixo, pois, muitas vezes, não trabalham ou dependem financeiramente dos pais.” Essas pessoas ainda não construíram um sólido histórico de capacidade de pagamento. Uma pessoa mais velha, por outro lado, com anos de passagem no mercado de trabalho e aquisição de bens, tem um histórico de crédito maior”, destaca Gondim, da ESPM.

Os principais mitos sobre o score de crédito

Existem também alguns mitos relacionados à forma como o score é calculado. Um dos principais, segundo Brandão, da Serasa, envolve os programas de notas fiscais. A inscrição em iniciativas desse tipo ou o fornecimento do CPF na nota não afetam em nada a pontuação de crédito, pois não são variáveis utilizada para o cálculo do score.

Os consumidores também pensam que limpar as consultas feitas pelas firmas ao CPF pode ajudar a melhorar a nota, mas isso é um mito. Ao fazer isso, é possível que o mercado considere que  consumidor tem um perfil “fantasma”, sem dados disponíveis. “O tempo de histórico é importante para você ter essa pontuação cada vez mais calibrada e mais assertiva”, afirma Brandão.

Como ver o score de crédito na Serasa?

Para visualizar o score, o consumidor pode entrar no site oficial da Serasa ou baixar o aplicativo da firma na Google Play ou na App Store. Caso ainda não tenha cadastro, será necessário criar uma conta informando seu CPF, nome completo, data de nascimento e um e-mail válido.

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Após finalizar o cadastro, é necessário utilizar o CPF e a senha definida para fazer login na plataforma, seja pelo site ou pelo aplicativo. Assim que o acesso for realizado, a pontuação será exibida na tela inicial, juntamente com o histórico de alterações ao longo do tempo.

Brandão ressalta que a plataforma tem uma área de explicação onde o consumidor pode entender as variações em seu score de crédito. Se a pontuação caiu, ele consegue identificar qual hábito ou comportamento impactou negativamente a nota. Da mesma forma, se o score aumentou, ele pode visualizar quais ações contribuíram para essa melhora.

“O consumidor pode ver que o score subiu porque ele manteve o pagamento das faturas do cartão em dia nos últimos seis meses. Ou então pode entender que a pontuação diminuiu porque uma dívida foi negativada em seu nome, sendo orientado a quitar esse débito para retomar o score de crédito. A gente traz tudo de forma muito detalhada nesse modelo”, destaca.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Beatriz Rocha

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