Mercado financeiro hoje: os 4 assuntos com tudo que você precisa saber em dia de alta de juros do Copom

A agenda econômica desta quarta-feira (11) direciona holofotes para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Investidores vão repercutir ainda o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, último indicador crucial para juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) da próxima semana. A divulgação dos dados de serviços no País concentra atenções do mercado monetário hoje nas próximas horas.
- Selic a 12% ou 12,25%? Mercado chega dividido ao último Copom de 2024
Ainda na agenda econômica hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da posse dos ministros Vital do Rêgo e Jorge Oliveira, nos cargos de presidente e vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). Também serão acompanhadas a evolução do quadro de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as negociações do pacote fiscal na Câmara.
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O Banco Central do Canadá divulga decisão de juros nesta manhã. Enquanto isso, o Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulga relatório mensal de petróleo.
Confira os 4 destaques do mercado monetário hoje
Bolsas internacionais
Os ativos monetários americanos têm altas limitadas antes do CPI dos EUA, que deve acelerar à taxa anual de 2,7% no mês passado, segundo a mediana das estimativas dos analistas.
O dólar avança ante as moedas europeia e saltou ante o yuan com relatos de que o governo chinês estuda permitir o enfraquecimento da divisa em 2025 para conter os efeitos de aumento esperado das tarifas sob a gestão do presidente eleito americano, Donald Trump.
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Também há expectativas de estímulos econômicos na China e pelas decisões de juros do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira (12), e dos Bancos da Inglaterra, do Japão e do Fed, na próxima semana.
No CME Group nos EUA, atualmente as apostas para um corte menos agressivo, de 25 pb, são majoritárias e giram em torno de 86,1%, enquanto para a manutenção é de 13,9%.
As bolsas europeias hoje têm ímpeto limitado antes da reunião do BCE, que deve cortar em 25 pontos-base os juros. Para o TD Securities, o foco nos mercados se voltará para a linguagem da presidente Christine Lagarde, após a decisão.
Selic
O Comitê de Política Monetária decidirá nesta quarta-feira (11) por um novo aumento na taxa básica de juros do País. Diferentemente dos encontros anteriores, a derradeira reunião do grupo em 2024 e a última da instituição sob o mandato de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central (BC) começa com um impasse.
Apesar do consenso em torno de um ajuste, o mercado está dividido entre os que acreditam que a taxa Selic será elevada em 0,75 ponto percentual e aqueles que veem a necessidade de um aperto maior, de 1 p.p. Saiba mais nesta reportagem.
Commodities
O minério de ferro fechou em queda de 0,80% nos mercados de Dalian, na China. Já o petróleo opera no positivo pela terceira sessão consecutiva, subindo em torno de 0,60%, em meio a persistentes riscos geopolíticos e sinais positivos à demanda.
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Seguindo o ritmo das commodities, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de firmas não americanas) da Vale (VALE3) mostravam estabilidade no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h15 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) avançavam 0,56% no mesmo horário.
Mercado brasileiro
O Ibovespa hoje pode ter dificuldade para subir, após dois dias de alta. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado em bolsa de valores como se fosse uma ação) brasileiro operava estável no pré-mercado.
O investidor foca nos dados de serviços, que devem mostrar expansão de 0,5% em outubro e alta de 5,5% na comparação anual, com pressão inflacionária no setor. A curva de juros e o câmbio podem reagir à alta dos retornos dos Treasuries (títulos da dívida americana), mantendo o cenário fiscal no foco.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que o pacote de contenção de gastos enfrenta resistência, mas pode ser votado ainda nesta semana. Relatores foram designados para projetos sobre gatilhos fiscais e limitação do aumento real do salário mínimo. O governo estuda ajustes no projeto do Benefício de Prestação Continuada (BPC), e deve ficar no radar do mercado monetário hoje.
* Com informações do Broadcast
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo